Economia

Ligações clandestinas de tevê a cabo alcançam 4,2 milhões dos lares

Se fossem um serviço formal, já teriam 21% do mercado nacional

Simone Kafruni
postado em 08/12/2014 07:19
Se fossem um serviço formal,  já teriam 21% do mercado nacional A pirataria do sinal de tevê por assinatura, mais conhecida como gatonet, alcança números surpreendentes no Brasil. Se fosse uma operadora legalizada, estaria em terceiro lugar entre as prestadoras do serviço, com uma participação de 21% do mercado, superada apenas pelas duas maiores operadoras do país ; Net (53,3%) e Sky/DirecTV (29,22%).

Pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) revela que o furto de sinal está em 4,2 milhões de lares. Em agosto, as assinaturas de canais pagos atendiam, por sua vez, 19,24 milhões de residências, conforme dados mais recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
O que mais preocupa os executivos do setor é que o roubo de sinal vem se alastrando de maneira crescente e perigosa. Segundo a ABTA, 58% dos usuários informais estão em cidades do interior e os outros 42%, nas regiões metropolitanas. O levantamento levou em conta não só aqueles que admitem a prática irregular, mas também os que, mesmo sem assumir a clandestinidade, sinalizam nas entrevistas que assistem a programas da tevê paga sem assinar pacotes das operadoras. Ficou claro ainda que o gatonet não escolhe classe social.

O furto de sinal é crime, enquadrado no artigo 155 do Código Penal, cujas penas são de 4 quatro anos de reclusão e multa. Além disso, quem adquire um equipamento irregular responde por receptação, cabendo também 1 a 4 anos de cadeia e multa.

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