Rosana Hessel
postado em 12/12/2014 10:33
Apesar dos escândalos de corrupção que envolvem a Petrobras, e da queda dos lucros e do valor das ações de empresas estatais, os investimentos dessas companhias continuarão sendo um dos principais motores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), garantiu a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. A terceira edição do programa deverá ser anunciada em breve pela presidente Dilma Rousseff.
As estatais responderam por 26% dos gastos executados no PAC 2: foram R$ 277,9 bilhões dos R$ 1,066 trilhão contabilizados entre 2011 e 2014. ;Não somente as estatais continuarão tendo uma participação grande no programa, mas a proposta para o segundo mandato é continuar executando obras de infraestrutura, porque isso é fundamental para o crescimento do país;, disse a ministra.
[SAIBAMAIS]Ao apresentar um balanço do PAC2, Miriam Belchior destacou que os investimentos da Petrobras no pré-sal serão mantidos, mesmo com a cotação do barril de petróleo beirando os US$ 60. Segundo muitos especialistas, se continuar, a queda do preço da commodity pode inviabiliza a produção em águas superprofundas, que têm custos muito elevados. ;A avaliação da empresa é que será possível manter a carteira de investimentos. Os projetos estão andando em velocidade bastante satisfatória;, disse ela.
Trem-bala
O montante de R$ 1,066 trilhão de gastos previstos até 31 deste mês corresponde a 99,7% do estimado para o período, de R$ 1,104 trilhão. Estranhamente, obras que nem sequer saíram do papel, como as do trem- bala, continuam com carimbo de ;adequadas; e estão incluídas nessa conta.
Conforme o balanço, os financiamentos habitacionais somaram R$ 360,2 bilhões, ou 33,8% do total. Os investimentos do setor privado foram de R$ 198,3 bilhões. Os gastos da União devem chegar a R$ 57 bilhões até o fim do ano. Do total executado entre 2011 e 2014, R$ 796,4 bilhões são de obras já concluídas.