postado em 14/12/2014 07:59
O que a queda abrupta do preço do petróleo ao redor do mundo, a escalada do dólar para os maiores patamares em uma década e o possível aperto monetário a ser implementado nos Estados Unidos em 2015 têm a ver com o empréstimo que você pagará ao seu banco, na forma de pesadas taxas de juros? A resposta é simples: tudo.Após uma temporada de dinheiro farto e barato nos mercados internacionais, os bancos brasileiros foram a Nova York, a Hong Kong e a Londres e contraíram empréstimos bilionários em moeda estrangeira. Apenas nos últimos quatro anos, eles assumiram dívidas de US$ 50 bilhões. Somando todos os débitos contraídos, a fatura a pagar chega a US$ 150,6 bilhões. E pode piorar, já que esse montante diz respeito apenas ao valor nominal dos contratos e não considera as variações sobre as cotações do dólar.
Como as dívidas foram feitas na moeda norte-americana, no momento em que as operações forem liquidadas, será preciso vender reais no mercado, trocar por dólares e, só então, quitar os contratos. Acontece que, quanto mais o dólar avançar, mais alto será o valor final a pagar pelo empréstimo feito lá atrás. E a conta só aumenta. Em três meses, a moeda norte-americana subiu 17%. Apenas na semana passada, a alta foi de 2,2%. Durante o pregão da sexta-feira, a divisa chegou a ultrapassar os R$ 2,67, mas perdeu força ao longo do dia e terminou a sessão cotada a R$ 2,651 ; ainda assim no maior patamar desde abril de 2005.
[SAIBAMAIS]Mesmo que queiram rolar os empréstimos contraídos, os bancos vão encontrar condições piores do que as que tiveram quando fizeram essas operações, porque, além do dólar mais elevado, também os juros praticados lá fora tendem a aumentar, à medida que os EUA coloquem em prática o aperto monetário previsto para 2015.
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