Economia

Na separação, é preciso atenção para qual investimento deve ser dividido

Além do abalo emocional que a separação pode causar, o casal terá que lidar com os impactos de uma possível disputa pelos bens

postado em 14/12/2014 08:06
Além do abalo emocional que a separação pode causar, o casal terá que lidar com os impactos de uma possível disputa pelos bensO sentimento da maioria das pessoas que embarca em um casamento é de que a união será para o resto da vida. São tantos preparativos: organizar a cerimônia, o lugar onde morar, comprar móveis, planejar filhos, que é praticamente impossível pensar que um dia possa haver uma separação. Mas, por mais difícil que seja encarar o assunto, quando optam por uma vida comum, os casais precisam prestar atenção ao fato de que estão formando uma sociedade. No fundo, marido e mulher são sócios de um empreendimento, e o planejamento financeiro deve ser encarado de frente, sem melindres com a possibilidade ;de o negócio; não dar certo.

Além do abalo emocional que a separação pode causar, o casal terá que lidar com os impactos de uma possível disputa pelos bens. Mesmo levando-se em conta que o número de casamentos é o triplo de divórcios no país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os matrimônios duram, em média, 15 anos. Por isso, é melhor seguir o velho e bom ditado de que ;prevenir é melhor do que remediar;.



O advogado Miguel Pereira Neto, do escritório Lacaz Martins, Pereira Neto, Gurevich & Schoueri Advogados, aconselha a ;documentar toda operação que, durante o casamento, seja feita com recursos anteriores à união. A existência de documentação assegurará a manutenção das aplicações dentro de seu patrimônio pessoal, não estando sujeitas à divisão;, explica.

Ele ainda faz outra advertência: manter bens e recursos do patrimônio pessoal isolados do patrimônio do casal. E quando essa separação envolve investimentos financeiros, o que fazer na hora da divisão? Segundo o advogado, vale lembrar que os frutos das aplicações pagos durante o casamento, pertencerão ao casal. Uma boa opção, diz Pereira Neto, é ;a pessoa separar os rendimentos do seu principal, mediante saque e transferência. Assim, separa-se o investimento de seus lucros;, aconselha.

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