postado em 16/12/2014 09:19
Analistas de grandes instituições financeiras internacionais veem risco de a Petrobras, cuja credibilidade já está seriamente abalada diante dos investidores, enfrentar problemas de caixa em 2015. No fim da semana passada, a estatal anunciou que pretende manter fluxo financeiro positivo no próximo ano, sem recorrer à captação de recursos no mercado. A promessa, contudo, foi recebida com enorme desconfiança. Sem crédito nos bancos, a situação da companhia, que atravessa a pior crise de sua história, com graves denúncias de corrupção e perda de valor dos ativos, pode ficar ainda pior se parte de sua dívida for cobrada antecipadamente, como previsto em contrato, por conta dos atrasos na divulgação dos balanços.[SAIBAMAIS]Na última sexta-feira, quando adiou pela segunda vez a publicação das demonstrações financeiras e contábeis do terceiro trimestre deste ano, a estatal informou ter aprovado recentemente a implementação de uma série de ações voltadas para a preservação do caixa e da liquidez, como antecipação de recebíveis, redução do ritmo dos investimentos, revisão de estratégias de preços de produtos e diminuição de custos operacionais. ;O mercado vai, provavelmente, continuar cético até que mais detalhes sejam divulgados;, reagiu o UBS em relatório datado de 14 de dezembro.
O Bank of America Merrill Lynch observou que, em outras circunstâncias, a decisão de não lançar títulos nem tomar empréstimos seria recebida como uma medida bastante positiva, que teria repercussão favorável sobre o valor das ações da companhia. ;Neste momento, porém, é uma necessidade virtual, considerando o longo período em que, provavelmente, a companhia poderá ter limitado (se tiver algum) o acesso a mercados financeiros;, afirmou relatório da instituição.
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