No Brasil, em 25,7% das residências alugadas em áreas urbanas, o valor do aluguel consome 30% da renda dos moradores. Esse dado classifica as famílias como em situação de vulnerabilidade e corresponde a 5,2% do total de domicílios particulares. O percentual de lares alugados com ônus excessivo em relação ao total de domicílios foi maior nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. A proporção apresenta grande variação entre as unidades da federação. O Distrito Federal é a que apresentou maior número de imóveis que obrigam os moradores e gastar 30% da renda, com 9,5% deles. A segunda maior, Sergipe ficou com 7,9%. A menor proporção ficou em apenas 1,2%, no Piauí.
[SAIBAMAIS]Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã desta quarta-feira (17/12) a Síntese de Indicadores Sociais 2014. O documento é produzido com base nas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013, além de fontes de dados como o Censo Demográfico 2010, a Projeção da População do Brasil por sexo e idade 2013, e outras bases de educação e saúde. O estudo traz informações sobre demografia, famílias, educação, trabalho, rendimento e domicílios, apresentando novas abordagens, como a análise das diferenças por gênero, cor e raça e idade.
Leia mais notícias em Brasil
As famílias de baixa renda são aquelas que despendem maior parte da renda com aluguel. Entre os domicílios urbanos onde a renda mensal per capita era inferior a meio salário mínimo, 11,6% eram alugados, com valor do aluguel superior a 30% da renda total. O ônus excessivo com as contas de moradia foi maior nas regiões Sudeste (15,7%) e Centro Oeste (16,5%) e, ainda mais elevada nas regiões metropolitanas.
Envelhecimento
Em outro momento, a pesquisa reafirma a tendência de envelhecimento da população brasileira. Em 2004, a participação percentual dos grupos populacionais de 0 a 4, 5 a 9 e 10 a 14 anos de idade era menor que a do grupo de 15 a 19 anos de idade. Isso significa, de acordo com o documento, "o forte estreitamento da base da pirâmide populacional". Na distribuição etária de 2013, "observou-se que este estreitamento da base da pirâmide foi ainda mais destacado". No período analisado, a participação do grupo com até 29 anos de idade diminuiu de 54,4%, em 2004, para 46,6% em 2013, enquanto o aumento para o grupo com 45 anos ou mais de idade , passou de 24% para 30,7%.