Agência France-Presse
postado em 31/12/2014 21:15
Os preços do petróleo registraram em 2014 seu pior ano desde 2008 em Nova York e Londres, afetados pelo excesso de oferta mundial e pelas perspectivas sombrias envolvendo a demanda, uma tendência confirmada nesta quarta-feira, com uma nova queda.O barril do cru leve (WTI) para entrega em fevereiro caiu 85 centavos, a 53,27 dólares, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), um mínimo de fechamento desde 1; de maio de 2009. No conjunto do ano, a queda foi de 46%.
Em Londres, o barril do Brent do Mar do Norte para entrega em fevereiro fechou em 57,33 dólares na Intercontinental Exchange (ICE), alcançando níveis inéditos de fechamento em cinco anos e meio, com uma queda de 48% no ano.
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[SAIBAMAIS]Os preços do petróleo, que desestabilizaram os mercados financeiros e as economias de países produtores, como Rússia e Venezuela, experimentaram a maior queda desde 2008, quando perderam mais da metade de seu valor em plena crise financeira.
A produção americana de cru se situa em níveis recordes em 30 anos, com mais de 9 milhões de barris por dia (MBD).
Na semana que terminou em 26 de dezembro, os Estados Unidos produziram 10,2 MBD de gasolina e 5,3 MBD de destilados, um recorde desde 1982, ano das primeiras estatísticas semanais do Departamento de Energia (DoE).
A perspectiva de aumento da oferta líbia ou iraquiana, que se soma ao enfraquecimento da demanda, tanto na Europa quanto na Ásia, e a valorização do dólar, convenceram os investidores a abandonar em massa o mercado.
Petroleiras como ConocoPhillips ou Continental Ressources já reduziram os investimentos para 2015, enquanto a American Eagle Energy anunciou nesta quarta-feira a suspensão de novas perfurações.