Simone Kafruni
postado em 02/01/2015 06:03
O Brasil atingiu o pleno emprego, uma situação na qual a desocupação é tão baixa que faltam profissionais no mercado para desempenhar funções básicas. Porém, o que deveria ser motivo de comemoração acabou descortinando um problema antigo e ainda sem solução: a baixa produtividade do trabalhador brasileiro, sobretudo no setor de serviços, que mais gera emprego no país. Isso porque, com a falta de mão de obra, as empresas precisam gastar mais e aumentar salários, sem, com isso, ganhar em produção, perdendo competitividade no mercado. Para especialistas, o baixo nível da educação oferecida no Brasil está por trás desse quadro desolador.Ontem, durante o seu discurso de posse, Dilma Rousseff procurou mostrar disposição em encarar o desafio de ajustar a educação às necessidades de melhorar a qualidade da mão de obra. Sob o novo lema para o segundo mandato, ;Pátria educadora;, a presidente prometeu que a educação será ;a prioridade das prioridades;. É uma tarefa espinhosa, considerando que 54% dos alunos pobres entre 13 e 16 anos mostram evidente atraso escolar.
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Segundo a presidente, o seu novo mandato será marcado pela aplicação de expressivos recursos dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal no setor educacional, com os quais será possível universalizar, até 2016, o acesso à pré-escola de todas as crianças de 4 e 5 anos. A necessidade de investir mais evidencia, contudo, problemas de gestão no setor, considerando que o Brasil destina 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB), maior que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 5,6%.
[SAIBAMAIS]Dilma prometeu também mudanças curriculares e reforço na formação dos professores, ;uma área frágil no nosso sistema educacional;. A presidente citou ainda alvos como o programa de ensino técnico Pronatec, que podem ;contribuir ainda mais para o aumento da competitividade da economia;, e o Ciência Sem Fronteiras, programa que oferece bolsas em universidades no exterior.
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