postado em 05/01/2015 08:00
O descalabro fiscal, a estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação alta não são as únicas dores de cabeça que Dilma Rousseff herdou de si própria no segundo mandato. Outro grande desafio vem do setor externo, com a possibilidade crescente de nova fase de austeridade monetária mundial, com reflexos negativos para os mercados emergentes. Logo nos primeiros meses deste ano, a presidente terá de lidar com a crise que se prenuncia para meados do ano, quando os Estados Unidos devem iniciar um ciclo de aperto nos juros.Será o fim de um longo ciclo de medidas adotadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) com o objetivo de tirar a principal economia do planeta do atoleiro em que se encontra desde 2008, estouro da crise financeira global. Os EUA despejaram US$ 4 trilhões nos mercados financeiros só entre 2009 e 2014. Agora, em meio à retomada do crescimento econômico interno, o governo norte-americano prepara a reversão das medidas de estímulo. ;A temporada de dinheiro farto acabou;, sublinha o economista-chefe Austin Rating, Alex Agostini.
Ele lembra que, durante os últimos anos, houve excesso de recursos buscando oportunidades de investimentos ao redor do mundo. Mas, quando o Fed inevitavelmente subir os juros, será desencadeada uma onda de euforia nos mercados, com investidores batendo em retirada de ativos considerados arriscados e levando seus dólares para os títulos do Tesouro norte-americano, que pagarão prêmios maiores e com risco zero.
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