Após a cerimônia de posse, o novo ministro da Fazenda Joaquim Levy anunciou nesta segunda-feira (5/1) os nomes que integrarão a nova equipe econômica. A transmissão de cargo ocorreu nesta tarde, no auditório do Banco Central. O ex-ministro Guido Mantega não compareceu ao evento.
No discurso de posse, Levy agradeceu a presidente Dilma Rousseff pela indicação, ressaltou a importância da transparência e solidez nas contas publicas e garantiu que o "reequilíbrio fiscal já começou". Tanto o novo ministro quanto o ministro interino, Paulo Rogério Caffarelli, afirmaram que 2015 será um ano de fortes ajustes fiscais. "Nos próximos quatro anos, nossa economia se transformará e essa transformação se dará com o menor sacrifício possível e maior resultado", disse Levy.
Ainda durante o discurso, o ministro afirmou que "ajuste em alguns impostos serão considerados, especialmente os que visam aumentar a poupança doméstica". Ele afirmou ainda que dará atenção especial a pequenas e médias empresas e que qualquer iniciativa tributaria "terá que ser coerente com a trajetória do gasto público".
Secretariado
Ex-secretário adjunto do Tesouro Nacional na gestão de Levy, Tarcísio Godoy foi escolhido secretário-executivo do novo ministro. Até então ele estava sendo cotado para chefiar o próprio Tesouro. Comandará a Receita Federal o antigo secretário, também da Receita, Jorge Rachid. Para o Tesouro Nacional foi indicado Marcelo Barbosa. A secretaria de Política Econômica, onde são formuladas as medidas de estímulo ao crescimento, será chefiada por Afonso Arinos.
Pablo Fonseca foi mantido no cargo de secretário de Acompanhamento Econômico. Para a área de relações internacionais do mistério, a escolha foi pelo embaixador do Itamaraty, Luiz Balduíno. Na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional foi mantida no cargo a atual titular, Adriana Queiroz. Por fim, Joaquim Levy indicou para presidir o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o atual secretario da Receita Federal, Carlos Barreto.