Economia

País recorre a protecionismo e perde chances de acordos internacionais

Presença restrita nas trocas globais e deficit de US$ 3,9 bilhões na balança de 2014, o primeiro em 14 anos, exigem ajustes na estratégia brasileira para conquista de mercados

Rosana Hessel
postado em 06/01/2015 06:00
O primeiro mandato de Dilma Rousseff foi marcado pelo enfraquecimento das exportações, o que levou a balança comercial a fechar o ano passado no vermelho, algo que não ocorria desde 2000. O quadro para o comércio externo permanece desolador. Especialistas esperam muito pouco do segundo mandato da presidente na tentativa de recuperar a competitividade perdida nos últimos anos. Em 2014, o deficit da balança comercial ficou em US$ 3,93 bilhões, pior resultado desde 1998.

;O Brasil não fechou um acordo sequer importante com os maiores importadores globais, a política externa é inapta e a estratégia industrial emperra exportações;, afirma embaixador José Botafogo Gonçalves, presidente emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), listando erros cometidos pela presidente. Para Botafogo, a postura adotada do primeiro governo Dilma terá de ser revista, com destaque para as exigências de conteúdo local nas cadeias produtivas. ;Essa política está isolando o país e matando a indústria;, alerta.

Diante da falta de traquejo de Dilma na área diplomática, ele acredita que pouco deve ser feito para melhorar a posição brasileira no comércio global, situação agravada por uma série de problemas domésticos. ;A carga tributária é elevada, o transporte custoso, os portos não suportam o aumento da carga e os projetos de ferrovias e de hidrovias mal saíram do papel;, enumera.

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