Economia

Indicador de desemprego da FGV avança 2% em dezembro

Embora o indicador continue historicamente em nível extremamente baixo, o resultado confirma tendência de alta no fechamento do ano

postado em 07/01/2015 14:58
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 2% em dezembro, atingindo 76 pontos, após recuar 0,3% no fechamento de novembro, de acordo com informação divulgada nesta quarta-feira (7/1) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador sinaliza a tendência do emprego no horizonte de curto e médio prazo.

Embora o indicador continue historicamente em nível extremamente baixo, o resultado confirma tendência de alta no fechamento do ano, após período de fortes quedas entre março e setembro de 2014.

Na avaliação da economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV Sarah Lima, embora a série de médias móveis trimestrais já apresente tendência positiva, ;os números ainda não permitem distinguir se estamos observando uma reversão de tendência ou uma calibragem frente ao pessimismo exacerbado das expectativas nos meses anteriores;.

As informações da FGV indicam que entre as variáveis que contribuíram positivamente para a evolução do IAEmp é possível destacar o indicador de otimismo dos industriais com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, com variação positiva de 8,7% na margem. O indicador combina dados extraídas das sondagens da indústria, de serviços e do consumidor, e possibilita antecipar os rumos do mercado de trabalho.



Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 1,1% em dezembro, atingindo 73,6 pontos. Embora essa tenha sido a primeira queda do ICD em nove meses, ela ainda não foi suficiente para reverter a tendência de alta observada nos meses anteriores, conforme mostra também o indicador de médias móveis trimestrais.

O ICD é construído a partir de dados desagregados em quatro classes de renda familiar - da Sondagem do Consumidor, que capta a percepção do entrevistado a respeito da situação presente do mercado de trabalho. Desse modo, o indicador capta puramente a percepção das famílias sobre o mercado de trabalho, sem refletir, por exemplo, a diminuição da procura de emprego motivada por desalento.

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