Economia

Sobre a inflação, BC diz que fará o 'necessário' para atingir meta

Tombini lembrou que, nos próximos meses, o custo de vida vai continuar incomodando o bolso do brasileiro

postado em 09/01/2015 12:26
Por poucos décimos, Alexandre Tombini não foi obrigado a enviar uma carta ao ministro da Fazenda se justificando por não ter conseguido manter os preços dentro da meta
O último ano do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff terminou com inflação beirando o limite máximo de tolerância da meta de inflação. Até dezembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cravou alta de 6,41%, o maior patamar para o custo de vida desde 2011, quando a carestia marcou o teto da meta, de 6,5%.

[SAIBAMAIS]Por poucos décimos, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, não foi obrigado a enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, se justificando por não ter conseguido manter os preços dentro da meta, de 4,5%, com tolerância de dois pontos para baixo ou para cima.

Não por outro motivo, horas após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar o resultado da inflação oficial em 2014, Tombini divulgou nota para comentar o resultado. No comunicado, o presidente do BC lembra que a variação do ano posicionou-se ;dentro do intervalo de tolerância;, que vigora desde 21 de junho de 1999.

Também justificou o resultado elevado de 2014 às a alta do dólar sobre o real e os reajustes de preços controlados pelo governo, como gasolina e tarifas de energia e transportes. ;Em grande medida, esse patamar de inflação reflete a ocorrência de dois importantes processos de ajuste de preços relativos ora em curso na economia brasileira, a saber: (1) o realinhamento dos preços domésticos em relação aos preços internacionais e (2) o realinhamento dos preços administrados em relação aos preços livres;, disse.



Tombini lembrou que, nos próximos meses, o custo de vida vai continuar incomodando o bolso do brasileiro, mas assegurou que a autoridade monetária o que estiver ao seu alcance para derrubar os preços e garantir o poder de compra da população. ;Embora a inflação tenda a mostrar resistência no curto prazo, o Banco Central reafirma que irá fazer o que for necessário para que este ano a inflação entre em longo período de declínio, que a levará à meta de 4,5% em 2016.

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