Rosana Hessel
postado em 13/01/2015 10:59
O brasileiro pode se preparar não somente para os futuros aumentos na conta de luz como também para impostos mais caros neste ano. Essa é uma das formas de o novo governo da presidente Dilma Rousseff tentará recompor a receita para equilibrar as contas públicas, que encerraram o ano de 2014 no vermelho. Para que ela volte no azul, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, avisou que este ano será um ;ano de ajuste de equilíbrio;, mas sem maldades.;Não temos objetivo de fazer pacotes de maldades. Temos que tomar algumas medidas, mas vocês conhecem as limitações dos gastos;, disse Levy nesta terça-feira (13/01) durante café da manhã com jornalistas. ;Qualquer família que tem orçamento sabe que tem semana que precisa deixar de ir para a balada, de comprar um tênis ou de comprar menos sorvete porque tem que comprar material escolar;, emendou o ministro sem sinalizar se as medidas serão graduais ou em uma tacada só para entregar o superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) prometido de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ou cerca R$ 66 bilhões, do setor público neste ano.
Como parte desse ajuste, Levy reiterou que o Tesouro Nacional não vai mais fazer aportes para socorrer as distribuidoras do setor elétrico, muito menos destinar no Orçamento deste ano os R$ 9 bilhões previstos na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para a Contribuição para o Desenvolvimento Energético (CDE). ;Temos preocupação com a realidade tarifária e, de fato, não haverá aporte do Tesouro para o setor;, afirmou ele, de forma categórica.
O ministro ainda sinalizou que o movimento do governo para aumento dos impostos será no sentido de ;não prejudicar a atividade econômica nem a capacidade produtiva das empresas;. Segundo ele, a orientação da política fiscal será no crescimento do país.
Mensagem em Davos
O novo chefe da equipe econômica de Dilma confirmou sua ida ao Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), que ocorre no resort suíço de Davos entre os dias 21 e 24 de janeiro. Lá ele pretende destacar a importância do país para os investidores internacionais e a iniciativa privada. ;A mensagem é que o Brasil é uma economia com grandes recursos e que nos últimos dez anos passou por uma grande transformação social;, disse ele destacando que o mundo atravessa mudanças importantes que o país também . Levy destacou que uma de suas missões é será controlar os gastos públicos no sentido de melhorar a confiança do investidor no país. ;Nosso objetivo é melhorar a qualidade do gasto;, afirmou.