Economia

Vem aí altas de impostos e da gasolina; prepare o bolso, consumidor

Em nome do resgate da confiança na política econômica e negando ter um saco de maldades nas mãos, ministro da Fazenda, Joaquim Levy, avisa que vai elevar carga tributária e liberar Petrobras para reajustar preços, apesar do impacto na carestia

Rosana Hessel
postado em 14/01/2015 06:03

Chefe da equipe econômica reiterou, em encontro com jornalistas, a disposição de entregar este ano a meta fiscal de 1,2% do PIB

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixou bem claro que o aumento de impostos será inevitável, diante da deterioração das contas públicas. Nesse choque de realidade, ele até liberou a Petrobras para reajustar os preços de gasolina quando achar necessário. ;Não temos nenhum objetivo de fazer um saco de maldade nem pacote, nada disso. Vamos ter que tomar algumas medidas. Acho que está bastante claro. Vocês conhecem as limitações dos gastos. Estamos avaliando;, declarou ele ontem, durante café da manhã com jornalistas.

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Levy fez questão mostrar que a nova gestão da economia será a austera, e comparou o governo com qualquer pessoa ou família cujo acerto do orçamento pode obrigar a deixar a balada de lado para comprar um tênis ou o material escolar. ;O que a gente está fazendo é mais ou menos isso. São decisões que todo mundo tem que tomar para ir em frente;, afirmou.

O ministro explicou que os impostos fazem parte dos movimentos do governo compatíveis com o objetivo de elevar a poupança pública, ressaltando que os aumentos não deverão comprometer a atividade econômica, muito menos o cotidiano das empresas de todos os portes. Ele também destacou que os ajustes tributários manterão direitos, mas corrigindo distorções, a exemplo da recente mudança nas regras de acesso aos benefícios da Previdência. ;O objetivo original de uma pensão é proteger uma família que o provedor desapareceu de repente, e não é exatamente proporcionar renda vitalícia para alguém que tem capacidade de trabalhar;, sublinhou.

[SAIBAMAIS]Entre as ações que Levy não classifica como ;maldade; está a sinalização de que a Petrobras não será mais usada para controlar a inflação, voltando-se aos seus próprios interesses empresariais. Isso significa que seus preços podem subir com mais força em 2015. Nos últimos anos, o governo segurou o custo dos combustíveis na tentativa de manter a carestia abaixo do teto da meta, o que abriu um rombo no caixa da estatal. ;A Petrobras é, antes de tudo, uma empresa;, reiterou.

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