Economia

Reajuste da tarifa de energia ainda está sob análise da Aneel, diz Braga

Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a necessidade de reajuste da tarifa elétrica é de 40% para compensar a diminuição de subsídios

postado em 14/01/2015 15:56
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que o reajuste da tarifa de energia este ano não chegará ao patamar de 40% devido a suspensão dos repasses do Tesouro Nacional para o setor. ;Não sei de onde tiraram [esse percentual]. Não creio em [reajuste da] tarifa de 40%;, disse Braga após reunião nesta quarta-feira (14/1) com a diretoria da Petrobras, em Brasília.

Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, levantamento feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) enviado à presidenta Dilma Rousseff aponta para a necessidade de reajuste da tarifa elétrica em 40% para compensar a diminuição de subsídios.

Na terça-feira (13/1), em encontro com jornalistas que cobrem o setor, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixou claro que não haverá repasses do Tesouro Nacional ao setor elétrico para equilibrar a conta do setor, ficando a cargo dos consumidores o aporte final por meio das tarifas.

Segundo Eduardo Braga, a Aneel ainda avalia a aprovação da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Só depois dessa análise a agência poderá definir os percentuais de reajustes das tarifas. Com a avaliação feita, as cotas serão passadas às distribuidoras que entrarão com seus processos para análise da RTE [Recomposição Tarifária Extraordinária], destacou o ministro.



Perguntado sobre o impacto da queda no valor do barril de petróleo para os investimentos na Petrobras, o ministro disse que é cedo para fazer previsões. ;Ainda não estamos com esse cenário decidido;, disse.

Sobre o possível rompimento de contratos da Petrobras com empresas investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Braga disse que a estatal aguarda posicionamentos da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF). ;Discutimos a questão dos contratos em vigor [e a manutenção deles] depende da CGU, AGU [Advocacia-Geral da União] e do Ministério Público Federal. Os contratos estão de pé ainda;, frisou Eduardo Braga.

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