postado em 16/01/2015 17:59
A pesquisa Quesitos Especiais da Sondagem da Construção, divulgada nesta sexta-feira (16/1) pela Fundação Getulio Vargas, mostra que uma parte das empresas que operam com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Programa Minha Casa, Minha Vida está otimista com relação ao volume de negócios para os próximos 12 meses.A pesquisa foi efetuada em dezembro do ano passado com 698 empresários do setor da construção, no país. ;É uma pesquisa importante para avaliar esses programas;, disse o economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Itaiguara Bezerra. De acordo com o relatório, 43,1% das empresas estão influenciadas de alguma maneira pelo PAC. Dessas, 63% estimam que o seu volume de obras vai aumentar nos próximos 12 meses, em comparação a igual período anterior, enquanto permanecerá estável para 37%.
Do total de empresas que operam no PAC, 26,1% preveem aumento no pessoal empregado nos próximos três meses. Para 71,7%, o quadro ficará estável e para 2,2% diminuirá. ;Das empresas que sinalizaram que vão ampliar seus negócios, a sua situação de negócios vai ser positiva. O saldo foi 63 pontos percentuais (de respostas positivas). E para as empresas que informaram que vão aumentar o volume de emprego, o saldo foi 23,9 pontos percentuais positivo. Estão mais propensas a aumentar o seu contingente de mão de obra;, disse Bezerra.
No Minha Casa, Minha Vida, do total de 29% de empresas envolvidas no programa 51,2% acreditam em melhoria do volume de obras ao longo de 2015, 46,5% apostam que os negócios ficarão estáveis e apenas 2,3% esperam que haverá piora. Em relação ao total de pessoal empregado pela empresa nos próximos três meses, a expectativa é de aumento para 18,6% dos empresários e de estabilidade para 81,4%. O saldo de respostas positivas foi 18,6 pontos percentuais.
O economista admitiu que as recentes denúncias de corrupção envolvendo empreiteiras do setor da construção podem afetar o volume de negócios envolvidos nos dois programas governamentais. Disse, porém, que a FGV pretende fazer uma nova pesquisa, que poderá ocorrer daqui a seis meses, para avaliar o grau desse impacto ou mesmo comprovar se a expectativa positiva registrada na sondagem atual se confirmou.
A pesquisa revela também que o maior percentual de empresas otimistas que efetuam obras no âmbito do PAC é encontrado no segmento de obras viárias, onde 15% projetam aumento do volume de obras este ano. Em contrapartida, o segmento de instalações de sistemas de ar condicionado e instalações hidráulicas não tem perspectiva de melhora do volume de obras nos próximos 12 meses.
No âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida, o segmento mais otimista em termos da evolução de obras da empresa é o de edificações (14%), com destaque para edificações residenciais, que tem 18,8% de expectativa de expansão durante o ano, em comparação ano anterior.