Economia

Manifestações provocam atrasos e cancelamentos de voos em todo o país

Na capital federal, até as 9h, dos 57 voos previstos, sete tiveram atrasos e um foi cancelado. Aeroviários e aeronautas cruzaram os braços por reajuste salarial

Jacqueline Saraiva
postado em 22/01/2015 09:20
Os passageiros enfrentam o ;efeito cascata; em voos nos aeroportos do país por conta da por aeronautas e aeroviários. Até as 9h, dos 619 voos programados, 118 estavam atrasados e 49 foram cancelados, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Os trabalhadores cruzaram os braços das 6h às 7h, para reivindicar um aumento de 8,5% nos salários e demais benefícios recebidos.

Aeroporto JK: movimentação intensa

[SAIBAMAIS]No aeroporto JK, em Brasília, cerca de 50 aeronautas e 20 aeroviários ficaram mobilizados na entrada da área de embarque com cartazes nas mãos. Às 7h, os aeronautas terminaram o protesto. Os aeroviários, no entanto, que previam continuar o ato até as 11h, voltaram a trabalhar pouco depois das 8h. Na capital federal, até as 9h, dos 57 voos previstos entre 0h e 9h, sete tiveram atrasos acima de 30 minutos, tanto na chegada quanto na partida. Um voo foi cancelado, segundo a Inframerica, concessionária que administra o terminal.



A Infraero registrou 17 atrasos em Congonhas (SP). Dos 58 programados, 16 foram cancelados. No Santos Dumont (RJ), dos 27 programados, 12 estavam com atraso até as 9h e 10 foram cancelados. No Galeão foram 4 atrasos e um voo foi cancelado dos 27 programados.

Impasse
A mobilização de aeronautas e aeroviários da base da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil da CUT (Fentac) reivindica um aumento de 8,5% nos salários e demais benefícios recebidos. O movimento é organizado pelos sindicatos dos Aeroviários de Guarulhos, Porto Alegre, Campinas, Recife, do Sindicato Nacional dos Aeroviários, que representa 22 Estados, e do Sindicato Nacional dos Aeronautas.

A greve foi decidida em assembleia na semana passada, após as entidades patronais terem proposto um reajuste de 6,5% nos salários, que corresponderia a um pequeno ganho real, de 0,17%, e 8% nos vales-alimentação e refeição, proposta considerada "inaceitável" pelos trabalhadores.

Com informações de Rodolfo Costa e Célia Perrone.

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