Economia

Com queda na demanda, investimento industrial prioriza competitividade

O estudo da CNI mostrou que, para 87,2% das empresas industriais, a capacidade produtiva instalada está adequada ou mais do que adequada para atender à demanda de 2015

postado em 22/01/2015 14:04
A retração da demanda por produtos está contribuindo para que o investimento industrial fique mais focado na melhoria do processo produtivo do que no aumento da capacidade de produção. Os dados estão numa pesquisa divulgada hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Entre os empresários ouvidos no estudo, 36,1% pretendem investir em 2015 para melhorar o processo de fabricação atual e 25,1%, para aumentar a capacidade

Entre os empresários ouvidos para o estudo, 36,1% pretendem investir em 2015 para melhorar o processo de fabricação atual e 25,1%, para aumentar a capacidade. No ano passado, 32,1% queriam investir para melhoria do processo e 29,6%, para aumento da capacidade de fabricação. Nos últimos quatro anos, cresceu 10,4 pontos percentuais a participação dos investimentos cujo objetivo é melhorar o processo produtivo ; ou seja, a redução de custos e aumento da competitividade.

O gerente de Políticas Econômicas da CNI, Flávio Castelo Banco, explica que o aumento da capacidade de produção não está sendo prioridade, porque os empresários acreditam em menos consumo. ;Quando olhamos para os dados mensais, vemos que a [utilização da] capacidade instalada tem estado abaixo do usual. Quando há ociosidade, é um desestímulo para o investimento;. A maioria dos empresários acha a capacidade atual suficiente para suprir a demanda.



O estudo da CNI mostrou que, para 87,2% das empresas industriais, a capacidade produtiva instalada está adequada ou mais do que adequada para atender à demanda de 2015. Segundo Castelo Branco, ;as dificuldades da economia se intensificaram, e o desempenho da indústria, em 2014, com certeza vai ser negativo;. Para 2015, ele destacou que a CNI pode rever, no fim de fevereiro, a previsão atual de crescimento de 1% do PIB da indústria.

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