Jacqueline Saraiva
postado em 22/01/2015 18:25
Aeronautas e aeroviários do Rio de Janeiro decidiram suspender temporariamente o movimento iniciado hoje (22) com paralisações diárias das 6h às 7h. A decisão foi tomada durante assembleia geral na tarde desta quinta-feira por pilotos, copilotos, comissários, operadores aéreos e colaboradores em terra, em função de uma nova oportunidade de conciliação com as empresas aéreas. Até as 18h, dos 1.781 voos programados, 303 estavam atrasados e 144 foram cancelados, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). No aeroporto JK, em Brasília, dos 266 voos previstos entre 0h e 18h, 36 tiveram atrasos acima de 30 minutos na chegada e 32 pousaram com atraso. Dois voos foram cancelados, segundo a Inframerica, concessionária que administra o terminal. A Infraero registrou 41 atrasos em Congonhas (SP). Dos 199 voos programados até às 18h, 39 foram cancelados. No Santos Dumont (RJ), dos 133 previstos até este horário, 23 estavam com atraso e 20 foram cancelados. No Galeão foram 21 atrasos e três voos foram cancelados, de um total de 96 voos previstos.
A nova rodada de negociações ocorrerá amanhã (23), entre a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, onde os aeroviários e aeronautas devem tomar conhecimento de uma proposta das empresas aéreas.
Entre as reivindicações dos profissionais, estão o reajuste salarial de 8,5%, a ampliação do número de folgas, jornadas menos cansativas e a limitação das madrugadas consecutivas em trabalho. De acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), até as 11h, 15 voos domésticos foram atrasados e 13 cancelados, dos 59 programados, no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, como consequência da paralisação.
Para as companhias aéreas, que integram a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), e o Snea, a paralisação ocorrida hoje teve impacto mínimo para aos passageiros. No entanto, ainda assim o movimento afetou mais de 20% da operação prevista, não garantindo efetivo mínimo de 80% dos colaboradores, conforme estabelecido pelo TST.