postado em 24/01/2015 09:51
![Companhias garantem que são importantes para o crescimento do país, pois empregam milhões de pessoas e pagam mais de R$ 21 bilhões em impostos](https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2015/01/24/467939/20150124104125577873a.jpg)
A indústria das bebidas alcoólicas conquistou no Brasil uma força incontestável. Fortemente inserido na cultura de consumo das famílias, o álcool faz parte do dia a dia das pessoas. Bebe-se na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. As garrafas de cerveja, vinho, vodca, uísque e cachaça ocupam lugares de honra em muitas casas e, sobretudo, nas prateleiras de bares e supermercados. ;É claro que o país perde muito mais do que ganha com a indústria do álcool, mas isso não aparece nas propagandas;, comenta o psiquiatra Erin Hunter, 72 anos, com vasta experiência na área de dependência química.
O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, e a produção cresce a uma taxa média de 5% ao ano. O segmento cervejeiro responde por 80% do mercado de bebidas alcoólicas, com faturamento anual de R$ 70 bilhões. Recolhe R$ 21 bilhões em impostos por ano e paga R$ 28 bilhões em salários para um universo de 2,7 milhões de empregados em mais de 200 fábricas. Estima-se que em 99% dos lares brasileiros a cerveja esteja presente de alguma forma. Seis em cada 10 doses de álcool consumidas no país são da bebida fermentada.
[SAIBAMAIS]Em 2014, foram produzidos 14,1 bilhões de litros de cerveja, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Cerveja (CervBrasil). ;Temos provado, ao longo dos anos, que somos um parceiro de peso do desenvolvimento nacional;, costuma sustentar o diretor executivo da CervBrasil, Paulo Petroni. O discurso ajuda a fortalecer o lobby no Congresso Nacional, como o que contribuiu para o pleito do novo modelo tributário para o setor, sancionado este mês pela presidente Dilma Rousseff (PT).
Ninguém da CervBrasil quis comentar os prejuízos do excesso do consumo de cerveja para o país, mas a entidade informou que realiza e apoia projetos de consumo responsável, com foco na conscientização da necessidade de proibir a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade. A Brasil Kirin e o Grupo Petrópolis, duas das maiores empresas do setor, não quiseram participar da reportagem.
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