As relações comerciais com México e Estados Unidos estão entre as prioridades do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro, que tem como principal desafio melhorar a competitividade do país e o ambiente de negócios interna e internacionalmente. ;O mercado das nossas manufaturas vem sendo capturado pelas importações;, diz o ministro, ao afirmar que para impedir que a tendência se acentue, está trabalhando em um Plano Nacional de Exportação.
Uma das bandeiras de Monteiro para garantir melhor inserção do Brasil no mercado internacional será a manutenção do Reintegra, que é uma compensação que o exportador recebe por resíduos tributários, e do Proex ; programa que busca conceder condições equivalentes às do mercado internacional, mesmo em tempo de cortes de subsídios.
No ano passado, a balança comercial teve um deficit de US$ 3,9 bilhões. O país exportou, em 2014, US$ 225 bilhões, menos do que a China exportou em um único mês. Como fazer para o país deixar de ;nanico;?
A escala da economia chinesa já é muito maior do que a nossa há algum tempo. Isso não significa dizer que o Brasil não tem espaço para crescer. Somos a sétima economia e o 22; país exportador do mundo. No ano passado, tivemos algumas circunstâncias que pesaram muito no nosso desempenho, como a queda dos preços das commodities. Perdemos de receita, só com minério de ferro, quase duas vezes o valor do deficit total da balança comercial. Foi um ano difícil.
O comércio exterior foi negligenciado nos últimos anos? A estratégia estava equivocada?
Eu não diria isso. O mercado interno brasileiro expandiu muito, com crescimento de renda e, consequentemente, do consumo. E houve uma certa acomodação no sentido de achar que esse mercado amplo garantiria uma certa zona de conforto. Mas o mercado das nossas manufaturas vem sendo capturado pelas importações. Tanto é verdade que o deficit da indústria cresceu muito nos últimos oito anos (está em mais de US$ 100 bilhões). Temos que atuar firmemente para não deixar que essa tendência se acentue. Por isso estamos trabalhando em um Plano Nacional de Exportação. Será preciso combinar uma série de coisas: medidas de promoção e inteligência comercial e acordos comerciais importantes para garantir esses objetivos. Parte dessas medidas estão associadas a questões de natureza fiscal, como o Reintegra, que é uma compensação que o exportador recebe por resíduos tributários.
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