postado em 28/01/2015 15:39
A dívida pública federal (DPF), que inclui tudo o que o país deve internamente e a credores internacionais, aumentou em R$ 173 bilhões no ano passado. Entre 2013 e 2014, a DPF cresceu 8,15% e chegou a nível recorde, R$2,29 trilhões, conforme relatório divulgado na tarde desta quarta-feira (28/01) pelo Tesouro Nacional. Leia mais notícias em Economia
Na comparação mensal, o estoque da dívida cresceu 3,94% em dezembro. Os principais motivos apontados pelo Tesouro para o aumento da DPF são o aumento das emissões líquidas e às despesas com juros, que chegaram a R$ 243 bilhões. Além disso, os repasses dados pelo governo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), que totalizaram R$ 60 bilhões em 2014, pesaram no aumento do montante.
A participação de estrangeiros dentre os detentores dos títulos públicos, que vinha aumentando nos últimos meses, recuou entre novembro e dezembro. No penúltimo mês de 2014, os não residentes detinham 20,07% dos papéis brasileiros. Em dezembro, esse percentual recuou para 18,64. O número, no entanto, é maior do que no mesmo mês do ano passado, quando a participação de estrangeiros era de 16,1%.
De acordo com o Tesouro, o crescimento dívida pública ficou dentro do programado para 2014. A estimativa do governo era de que a dívida terminasse o ano entre R$ 2,17 trilhões e R$ 2,32 trilhões. A Dívida Pública Federal (DPF) é "contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit orçamentário do Governo Federal".
Dezembro
No mês, o Tesouro emitiu mais títulos do que resgatou. As emissões totalizaram R$ 68,2 bilhões, ante R$ 6,92 bilhões em resgates. O percentual de vencimentos para os próximos 12 meses apresentou redução: passou de 24,16% dos títulos para 24,03%. O prazo médio da dívida, em contrapartida, diminuiu de 4,51 anos em novembro para 4,42 anos.