Jornal Correio Braziliense

Economia

Ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira pode recuperar parte do patrimônio

Espólio é disputado pelo Credit Suisse e pelo Banco Paulista

Um dos maiores escândalos de corrupção no sistema financeiro, a quebra do Banco Santos pode, finalmente, ter um desfecho em 2015, justamente no ano em que se completam 10 anos da falência da instituição que já chegou a ser uma das 20 maiores do país, com ativos de R$ 6 bilhões e depósitos de clientes superiores a R$ 2 bilhões. Dois bancos, um brasileiro e um estrangeiro, enviaram propostas aos credores para assumir a massa falida, que, até hoje, é administrada por um funcionário aposentado do Banco Central (BC), indicado pela autoridade monetária para tocar a intervenção ainda em 2004.

Uma assembleia com todos os credores deve ser convocada para as próximas semanas. Serão votadas duas propostas: a do Credit Suisse, que pede R$ 400 mil por mês para gerir a massa falida e cobrar créditos de devedores do Santos; e a do Banco Paulista, que propõe a criação de um fundo de investimento de direitos creditórios (FIDC), com remuneração estipulada em R$ 300 mil e cotas proporcionais aos credores.

Seja qual for a proposta que receber o sinal verde do conselho, diz o administrador da massa falida do Banco Santos, Vânio Cesar Pickler Aguiar, algo é certo: o ex-controlador da instituição, Edemar Cid Ferreira, condenado a 21 anos de prisão por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e gestão fraudulenta, será um dos maiores beneficiados. O acordo do Banco Paulista prevê, por exemplo, que os imóveis do ex-banqueiro sejam dados como garantia aos credores. Na hipótese de os créditos serem integralmente recuperados, as propriedades seriam entregues de volta ao ex-banqueiro, apontado como o responsável pela quebra do Santos.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique .