Rodolfo Costa
postado em 09/02/2015 21:51
O brasileiro não tem deixado impune os abusos acometidos por empresas dos mais diversos setores da economia. Em 2014, foram registrados 2.490.769 atendimentos de reclamações de consumidores em Procons de todas as unidades federativas, número 0,3% superior em relação ao ano anterior. Do total, 62,7% foram reclamações e denúncias, e os outros 37,3% corresponderam a consultas e orientações prestadas, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9/2) pelo Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).A pequena alta foi atribuída pela coordenadora geral do Sindec, Lorena Tavares, à ampliação dos canais que os Procons disponibilizaram à população no último ano. ;De uma forma geral, não é fácil para o consumidor fazer uma reclamação. É trabalhoso e não faltam casos em que a pessoa falta um dia de trabalho para prestar a queixa. Contudo, os órgãos de defesa do consumidor têm atuado mais com ferramentas na internet e atendimentos eletrônicos, o que contribuiu para essa acessibilidade;, avaliou.
Ainda que os números se mantenham elevados, Lorena destaca que a maioria dos estados tem conseguido reduzir o número de reclamações. Das 27 unidades federativas, 13 estados, além do Distrito Federal, reduziram a quantidade de queixas no ano passado em relação a 2013. ;A demanda continua crescendo, mas os Procons não tem medido esforços na tentativa de facilitar a resolução dos problemas dos consumidores. A divulgação da plataforma consumidor.gov também foi determinante para a estagnação do volume de protestos;, analisou.
No DF, com 11.557 queixas atendidas, o setor de telefonia celular foi o campeão de insatisfação, seguido pelo mercado de televisão por assinatura. Em todo o país, o setor de telecomunicações, que inclui telefonia fixa, telefonia celular, TV por assinatura e serviços de internet corresponderam a 27,3% do total de reclamações no ano. Os principais aborrecimentos enfrentados pelos consumidores foram referentes a cobranças indevidas, dificuldades na oferta, vício ou má qualidade de produto ou serviço e problemas com contrato.