Os brasilienses ficaram 16 horas no escuro em 2014, na média. Isso foi o que revelou o relatório divulgado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), classificando a Companhia Energética de Brasília (CEB) entre as de pior serviço no país. Seus clientes tiveram, em média, 12 interrupções no fornecimento ao longo do ano passado. Ambos os resultados ficaram acima do limite de tolerância fixado pelo órgão regulador para a concessionária, de 11 horas sem energia e 11 quedas de luz. Tamanho descaso põe em xeque, mais uma vez, a credibilidade da distribuidora, que pode ser alvo de uma intervenção da Aneel.
Os baixos índices de qualidade nos serviços prestados pela CEB se repetem há, pelo menos, seis anos. Em razão disso, a distribuidora acumulou multas milionárias ao longo do período, sendo, inclusive, pressionada por agentes do mercado que exigiam a privatização da companhia. Para acionistas minoritários, a empresa só não sofreu alguma sanção mais grave porque o governo federal impediu.
Em reuniões com dirigentes da CEB e de outras 15 distribuidoras, para discutir propostas para melhorar a performance do setor, a diretoria da Aneel cobrou a apresentação, dentro de 60 dias, de um plano para adequar os indicadores de qualidade dos serviços (DEC e FEC) em até dois anos. A agência comunicou que o esforço ;não introduzirá nenhuma obrigação nova, nem se trata de regime excepcional;. ;É uma oportunidade para que as empresas alinhem sua gestão a um serviço adequado;, sublinhou. Em nota, a CEB avisou que já está implementando o plano de melhorias exigido.
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