Simone Kafruni
postado em 25/02/2015 15:57
Enquanto protestos de caminhoneiros bloqueiam rodovias em todo o país, governo e representantes da categoria debatem a crise na tarde desta quarta-feira (25/2) em Brasília. Ao deixar a reunião no meio da tarde, a ministra da Agricultura, pecuária e abastecimento Kátia Abreu reafirmou que o governo não vai mexer no preço do diesel, como já havia dito a presidente Dilma Rousseff, mas que a reunião "está bem flexível" e a perspectiva de acordo é concreta.
Segundo Abreu, que participou de parte da reunião por conta dos impactos da greve de sete dias no escoamento da produção agrícola, as transportadoras sinalizaram positivamente em aumentar o repasse do frete para os caminhoneiros - junto à redução dos preços do combustíveis, essa era importante reivindicação do movimento.
As paralisações provocam desabastecimento no país, sobretudo, de combustíveis, gás de cozinha, alimentos perecíveis e medicamentos, o que deve pressionar ainda mais a inflação. Em Brasília, produtos como presuntos e peito de peru estão em falta nos supermercados desde a última sexta-feira.
A tributação sobre os combustíveis foi elevada no final de janeiro. Segundo o Fisco, o impacto será de R$ 0,15 para o diesel. A expectativa do governo é arrecadar R$ 12,18 bilhões com esta medida em 2015.
O representante do Comando Nacional do Transporte na reunião que ocorre hoje (25) com integrantes do governo, Ivan Luiz Schimidt, defendeu a redução imediata do preço do óleo diesel em R$ 0,50 até que seja definido um valor de frete mínimo para os caminhoneiros. O valor defendido pelo grupo, que se diz responsável pelas manifestações nas estradas federais, é R$ 0,70 por eixo de caminhão a cada quilômetro rodado.
;Não adianta o governo pedir para a gente esperar 120 dias, porque isso significa a gente trabalhando 120 dias de graça;, disse o representante dos caminhoneiros. ;Não recebemos aumento no valor do frete há dez anos. Isso significa que já demos nossa colaboração, no sentido de contribuir para a queda da inflação;.
Schimidt informou que o movimento dos caminhoneiros começou nas redes sociais e ganhou corpo de forma espontânea. ;Criamos uma página do Comando Nacional do Transporte no Facebook e depois uma rede pelo WhatsApp para defender nosso lado, já que os empresários não têm interesse em aumentar nosso frete;, informou o caminhoneiro, que mora em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
<--[if gte mso 9]> Normal 0 21 MicrosoftInternetExplorer4 <[endif]-->
<--[if gte mso 10]> <[endif]-->O senador Blairo Maggi (PR-MT), que também participa da reunião, disse que o preço do frete praticado hoje já é maior do que o reivindicado pelo movimento dos caminhoneiros, sendo que os preços são diferenciados por região. ;Já é suficiente para os caminhoneiros voltarem a ganhar dinheiro;, disse Segundo ele, historicamente o óleo diesel compõe 40% do custo total do frete, no pior momento chegou a 60%, mas já se realinhou e está novamente em 40%.
Maggi também ressaltou que os preços dos fretes sofreram um aumento de mais de 50% quando entrou em vigor a lei que determinou um período de descanso para os caminhoneiros. Para o senador, o estabelecimento de um preço mínimo do frete não é viável, porque o mercado se modifica muito durante o ano, principalmente no caso de grãos como a soja e o milho que são cotados a preços internacionais.
"Se a Bolsa de Chicago cair e os preços dos fretes ficarem altos, o Brasil não vende para o exterior, e aí os compradores internacionais vão se abastecer nos Estados Unidos", justificou.
Segundo Abreu, que participou de parte da reunião por conta dos impactos da greve de sete dias no escoamento da produção agrícola, as transportadoras sinalizaram positivamente em aumentar o repasse do frete para os caminhoneiros - junto à redução dos preços do combustíveis, essa era importante reivindicação do movimento.
As paralisações provocam desabastecimento no país, sobretudo, de combustíveis, gás de cozinha, alimentos perecíveis e medicamentos, o que deve pressionar ainda mais a inflação. Em Brasília, produtos como presuntos e peito de peru estão em falta nos supermercados desde a última sexta-feira.
A tributação sobre os combustíveis foi elevada no final de janeiro. Segundo o Fisco, o impacto será de R$ 0,15 para o diesel. A expectativa do governo é arrecadar R$ 12,18 bilhões com esta medida em 2015.
O representante do Comando Nacional do Transporte na reunião que ocorre hoje (25) com integrantes do governo, Ivan Luiz Schimidt, defendeu a redução imediata do preço do óleo diesel em R$ 0,50 até que seja definido um valor de frete mínimo para os caminhoneiros. O valor defendido pelo grupo, que se diz responsável pelas manifestações nas estradas federais, é R$ 0,70 por eixo de caminhão a cada quilômetro rodado.
;Não adianta o governo pedir para a gente esperar 120 dias, porque isso significa a gente trabalhando 120 dias de graça;, disse o representante dos caminhoneiros. ;Não recebemos aumento no valor do frete há dez anos. Isso significa que já demos nossa colaboração, no sentido de contribuir para a queda da inflação;.
Schimidt informou que o movimento dos caminhoneiros começou nas redes sociais e ganhou corpo de forma espontânea. ;Criamos uma página do Comando Nacional do Transporte no Facebook e depois uma rede pelo WhatsApp para defender nosso lado, já que os empresários não têm interesse em aumentar nosso frete;, informou o caminhoneiro, que mora em Mossoró, no Rio Grande do Norte.
<--[if gte mso 9]>
Apesar dos lideres do governo afirmarem que as negociações estão flexíveis entre caminhoneiros e representantes, Ivan Luiz Schmitt afirma que foi retirado da reunião.
<--[if gte mso 10]> <[endif]-->O senador Blairo Maggi (PR-MT), que também participa da reunião, disse que o preço do frete praticado hoje já é maior do que o reivindicado pelo movimento dos caminhoneiros, sendo que os preços são diferenciados por região. ;Já é suficiente para os caminhoneiros voltarem a ganhar dinheiro;, disse Segundo ele, historicamente o óleo diesel compõe 40% do custo total do frete, no pior momento chegou a 60%, mas já se realinhou e está novamente em 40%.
Maggi também ressaltou que os preços dos fretes sofreram um aumento de mais de 50% quando entrou em vigor a lei que determinou um período de descanso para os caminhoneiros. Para o senador, o estabelecimento de um preço mínimo do frete não é viável, porque o mercado se modifica muito durante o ano, principalmente no caso de grãos como a soja e o milho que são cotados a preços internacionais.
"Se a Bolsa de Chicago cair e os preços dos fretes ficarem altos, o Brasil não vende para o exterior, e aí os compradores internacionais vão se abastecer nos Estados Unidos", justificou.