Rodolfo Costa
postado em 27/02/2015 13:43
O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (27/2) uma nova base de cálculos para o ajuste anual dos preços de medicamentos. A mudança do cálculo traz atualizações nos índices e critérios para a aplicação da fórmula. O percentual de reajuste será anunciado em 31 de março, conforme prevê a legislação. A expectativa da pasta é de um índice de reajuste menor com a fórmula atualizada e um percentual médio de reajuste abaixo da inflação.A fórmula vai considerar o índice de inflação oficial (IPCA) menos a atualização das séries com ano base 2002, ajustando-as unicamente pelo IPCA (fator x); esse resultado será acrescido dos novos parâmetros calculados a partir da matriz insumo-produto com dados de 2005, ante 1995, para variação tarifa de energia elétrica e de taxa de câmbio, por exemplo (fator y); além da incorporação de índices internacionais mais atualizados e utilizados em países desenvolvidos para medição do comportamento e da tendência do setor farmacêutico (fator z).
Apesar da disparada da carestia, impactada pelo avanço dos preços administrados, como combustíveis, água, tarifa de transporte urbano e energia elétrica, além da alta do dólar, o governo acredita que o reajuste ficará abaixo da inflação. ;As medidas vão resultar em um desembolso menor para o consumidor;, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Um dos principais impactos da mudança é a redução do rol de medicamentos sujeitos a um maior reajuste de preço, diminuindo o peso no bolso do consumidor. Do total, 21,57% dos medicamentos regulados terão um maior reajuste, por estarem situados na categoria de maior concorrência, com tendência de manutenção de preços mais baixos. A maioria dos medicamentos (51,73%) vai aplicar o menor índice de reajuste por serem classificados como de mercado altamente concentrado, com maior custo, baixa concorrência e alta tecnologia.