postado em 04/03/2015 21:23
O aumento de meio ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) da economia brasileira, anunciado hoje (4) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), não foi bem recebido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Por meio de nota, a entidade informou que a decisão - quarta elevação consecutiva - é incompatível com o quadro de recessão da economia brasileira.Para a Firjan, o aumento vai contra o movimento internacional recente. ;O alinhamento entre as políticas fiscal e monetária é fundamental para o controle da inflação, pois contribuiria para abreviar o ciclo atual de elevação das taxas de juros. No entanto, um ajuste fiscal feito por meio de aumento da carga tributária e corte dos investimentos públicos não só é nocivo ao crescimento no longo prazo como também não parece ser viável na atual conjuntura econômica e política;, indica a nota.
O Sistema Firjan reiterou que o ajuste fiscal deve se concentrar na diminuição dos gastos públicos de natureza corrente e em criar regras explícitas que limitem seu crescimento. ;Somente dessa forma será possível promover um efetivo ajuste da postura fiscal, criando condições para um recuo estrutural das taxas de juros e aumento sustentável da taxa de crescimento;, concluiu a entidade.
Com o aumento divulgado hoje (4), a Selic passou de 12,25% para 12,75% ao ano.