Economia

Banco Central Europeu começa a comprar dívida pública nos mercados

Instituição anunciou por meio do Twitter que as compras no âmbito do programa de compra de dívidas do setor público tivera início conforme previsto

Agência France-Presse
postado em 09/03/2015 08:54
Frankfurt, Alemanha - O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta segunda-feira (9/3) que iniciou a compra maciça de dívida pública nos mercados, no âmbito do programa destinado a reativar a economia da zona do euro. "O BCE e os bancos centrais do Eurosistema iniciaram, como foi anunciado, as compras no âmbito do programa de compra de dívidas do setor público", anunciou a instituição monetária de Frankfurt na rede social Twitter.

Contactado pela AFP, um porta-voz do Bundesbank também confirmou que as equipes do banco central alemão estão "ativas nos mercados desde as 09h25 (05h25 de Brasília)".

Como o mandato do BCE o proíbe de financiar diretamente os Estados da zona do euro, estas compras são realizadas no mercado secundário da dívida. Os detalhes - os títulos adquiridos e o montante das primeiras transações - eram desconhecidos até o momento. O presidente do BCE, o italiano Mario Draghi, anunciou na semana passada que o programa começaria nesta segunda-feira.

No fim de janeiro, a instituição monetária de Frankfrut decidiu injetar mais de 1 trilhão de euros até setembro de 2016 para reativar a economia e frear a queda da inflação na zona do euro, como o fizeram antes o Banco da Inglaterra ou o Federal Reserve americano.


Ao mês, o BCE planeja gastar 60 bilhões de euros neste programa conhecido como "expansão quantitativa" ou "QE". Desde o início do ano, os preços caíram 0,6% em janeiro e 0,3% em fevereiro. Embora esta queda deva-se em grande parte à diminuição do preço do petróleo, os guardiões do euro temem que a economia da zona do euro entre em deflação, uma espiral infernal de queda de preços e salários da qual é difícil sair.

As medidas que o BCE anunciou vão melhorar o crescimento e "contribuir para levar a inflação a um nível inferior, embora próximo aos 2%", o objetivo do BCE em questão de inflação, disse Draghi.

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