Economia

Ministro do Trabalho critica clima de pessimismo, mas admite dificuldades

Para Manoel Dias, do ponto de vista do emprego, o grande desafio enfrentado hoje é a qualificação profissional do trabalhador.

postado em 09/03/2015 14:58
Rio de Janeiro - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, criticou hoje (9) o clima de pessimismo que está sendo criado no Brasil, que, segundo ele, vem impedindo o país de apresentar resultados melhores em sua economia como um todo. Para ele, a crise econômica tem dimensão mundial e não é uma exclusividade do Brasil.

Dias disse que não vê problemas no mercado de trabalho, embora admita que o setor vem enfrentando algumas dificuldades neste início do ano. O ministro fez as declarações no Centro Administrativo da prefeitura do Rio de Janeiro, onde participou da solenidade de entrega de prêmios aos estudantes vencedores do 1; Prêmio Fundacentro de Composição Escrita em Segurança e Saúde do Trabalho.



;A crise é mundial, não é uma exclusividade do Brasil. E o governo está tomando providências para recuperar o emprego, sem prejuízo de investimentos nos programas sociais. Vivendo momentos de dificuldade, mas não [estamos] diminuindo o número de empregos. No ano passado, geramos mais 400 mil empregos e esperamos, para maio e junho, a retomada do número de postos de trabalho;, afirmou.

Para o ministro, do ponto de vista do emprego, o grande desafio enfrentado hoje é a qualificação profissional do trabalhador. ;É preciso permitir aos trabalhadores brasileiros o acesso às novas tecnologias de ponta, para que possamos não só manter a nossa posição de sétima maior economia mundial, mas até mesmo galgar novas posições no ranking.;

Manoel Dias criticou o pessimismo com que a economia do país vem sendo tratada e lembrou que, nos últimos 12 anos, o país criou um estoque de 21 milhões de empregos e que, em dezembro, bateu o recorde, alcançando ;a menor taxa de desemprego da série histórica;.

Ao comentar o desempenho do mercado de trabalho, que, em janeiro, teve o mais fraco resultado da série para o mês ; a população desocupada teve a maior alta da série histórica ;, o ministro do Trabalho disse que foi uma situação atípica. Ele explicou que os problemas em janeiro decorreram de demissões no comércio, referentes a contratações temporárias feitas no fim do ano passado. "Foram quase 80 mil [trabalhadores] temporários demitidos pelo setor.;

Dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), relativos a janeiro divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a população desocupada do país aumentou 22,5% em relação a dezembro do ano passado, período em que 1,3 milhão de pessoas perderam o emprego, maior taxa da série histórica iniciada em 2003. Quando comparada a janeiro do ano passado, a queda foi de 10,7%, com 125 mil trabalhadores dispensados.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação