Economia

União Europeia aprova prorrogação para França reduzir seu déficit

País deve reduzir seu déficit a 4% neste ano, 3,4% em 2016 e 2,8% em 2017

Agência France-Presse
postado em 10/03/2015 14:10
Bruxelas - Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) aprovaram nesta terça-feira a recomendação da Comissão Europeia de dar à França mais dois anos para reduzir seu déficit abaixo de 3% do PIB.

A França deve reduzir seu déficit a 4% neste ano, 3,4% em 2016 e 2,8% em 2017. Ainda não se sabe o percentual definitivo de déficit de 2014, mas segundo estimativas da Comissão publicada no início de fevereiro seria de 4,3%.

Os ministros, reunidos em Bruxelas, assim como a Comissão, pediram que Paris faça "um esforço adicional para o fim de abril, com medidas estruturais equivalentes a 0,2% do PIB", segundo comunicado.


A Comissão, que estima que Paris só reduzirá seu déficit estrutural de 0,3% neste ano, pediu um esforço adicional para alcançar 0,5% neste ano.
"A França se compromete a respeitar seus compromissos e chegará a 0,5% neste ano", disse o ministro francês, Michel Sapin nesta terça-feira.

O governo francês está analisando novas medidas para se adequar às exigências de Bruxelas.A Comissão resolverá dentro de três meses, em junho, se a França adotou medidas suficientes. Se não for o caso, o órgão poderá emitir uma nova recomendação seguida por sanções.

Ninguém duvidava de que os ministros concederiam esse novo prazo à França, mas a proposta gerou discordância entre os integrantes da zona do euro, já que muito viram o gesto como um tratamento favorável a Paris.

"Alguns expressaram reservas durante o debate desta terça-feira", disse o ministro da Finanças da Letônia, Janis Reirs, cujo país assume a presidência rotativa da UE.

O vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, que queria que fossem adotadas sanções contra París, refutou a ideia de um tratamento privilegiado para a França. Dombrovskis, que já foi primeiro-ministro,lembrou que seu país também já se beneficiou de um prazo maior para ordenar sus finanças públicas.

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