Economia

Kátia Abreu diz que aumento de juros não inviabilizaria a agriculta

No entanto, a Ministra não confirmou nova elevação de juros

postado em 13/03/2015 14:19

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, disse hoje (13/3) que, mesmo que haja aumento na taxa de juros do Plano Safra 2015/2016, ;nada será feito que inviabilize a agricultura;. A ministra evitou responder se haverá nova elevação dos juros e se será maior que a do ano passado, quando as taxas do programa subiram em média um ponto percentual

;Nós sabemos da rapidez com que a agricultura responde à economia, ao emprego, às importações. Estou totalmente tranquila no que diz respeito ao volume e aos juros que praticaremos na próxima safra. Não posso responder [sobre a alta de juros], nós teremos o momento adequado, que será o lançamento do plano;, disse.

Kátia Abreu falou à imprensa após participar da 4; Reunião de Ministros da Agricultura e Desenvolvimento Agrário do Brics, grupo que reúne as cinco principais economias emergentes: Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul.

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Na entrevista, a ministra também confirmou que o engenheiro agrônomo André Nassar, diretor da empresa de consultoria Agroícone, será o próximo secretário de Política Agrícola da pasta. ;Nos próximos dias, aguardamos nomeação pela Casa Civil, que tem o trâmite burocrático necessário;. Por fim, Kátia Abreu informou que o ministério deve enviar uma missão à China, Malásia e Rússia para tratar da questão da exportação da carne brasileira.

;Estamos organizando agora, na segunda semana de abril. Vamos com entidades, grandes empresas, médias empresas, que estão em negociação para a abertura de plantas não só na China, mas também na Malásia e na Rússia. Queremos estar em dia com todos os nossos protocolos sanitários e fitossanitários para dar solidez a esse comércio;, afirmou.

Ampliamento da classe média rural

Kátia Abreu, disse o Brasil tem o objetivo de ampliar a classe média rural brasileira. Segundo a ministra, a meta foi apresentada nesta sexta-feira (13) durante a reunião. De acordo com ela, os representantes do Brics solicitaram o apoio do Brasil em relação aos mecanismos para democratização da pesquisa, crédito e comercialização rurais.

"A questão da segurança alimentar está muito ligada a esses mecanismos. Inclusive nós apresentamos o nosso objetivo da ampliação da classe média rural brasileira. Estamos traçando estratégias que já existem, foram testadas e estamos reunindo em um arcabouço só para atender a esses [pequenos] produtores, levando instrumentos que possam elevá-los na condição de uma classe média como nós fizemos com a classe média urbana", declarou, em entrevista após o encontro.

Kátia Abreu informou ainda que convidou os representantes dos países do Brics para reunião na Organização Mundial do Comércio (OMC). "Propus que nós pudéssemos estar juntos nessa primeira semana de abril, a convite do próprio ministro Roberto Azevêdo [diretor-geral do organismo internacional]", disse. Segundo ela, com relação às barreiras no comércio internacional de produtos do agronegócio, o entendimento é que não se deve aceitar exigências fitossanitárias que não as estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

A secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Maria Fernanda Ramos Coelho, que participou da reunião representando o titular da pasta, Patrus Ananias, afirmou que atualmente 50% da população rural do país faz parte da classe média.

Segundo ela, os países do Brics têm muitos pontos em comum e um dos principais é a segurança alimentar. "É uma preocupação de todos os países e o Brasil conquistou um marco. Em 2014, nós saímos do mapa da fome. Todas as ações institucionais que o governo brasileiro tomou, do ponto de vista do acesso ao alimento, ao crédito e à assistência técnica. [Esses pontos] serão fruto de várias cooperações que estão em andamento com esses países [do Brics]", declarou.

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