Economia

Governo quer taxar herança para atender às pressões de parlamentares do PT

Petistas têm defendido uma tributação maior sobre as grandes fortunas, como forma de minimizar a necessidade de mexer com benefícios trabalhistas e previdênciários

Rosana Hessel
postado em 18/03/2015 09:15
O governo analisa aumentar a tributação sobre herança, admitiu ontem o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicas (CAE) do Senado Federal.Segundo ele, esse tipo de imposto é comum em vários países e menos complicado do que taxar grandes fortunas. ;Tributos sobre grandes fortunas poderiam gerar movimentos especulativos;, afirmou Barbosa.

A medida, analisada pelo Ministério da Fazenda, seria uma forma de atender às pressões dos parlamentares petistas, que têm defendido uma tributação maior sobre as grandes fortunas, como forma de minimizar a necessidade de mexer com benefícios trabalhistas e previdênciários. Uma das primeiras medidas anunciadas pela equipe econômica neste mandato da presidente Dilma Rousseff foi o endurecimento de regras para a concessão de seguro-desemprego, auxílio-doença, abono salarial e pensão por morte.



Concessões
Na CAE, Barbosa afirmou também que o governo planeja abrir novas rodadas de concessões em infraestrutura no segundo semestre. Segundo informou, os estudos de novos projetos estão sendo realizados e farão parte de um cronograma para os próximos anos. ;Está prevista uma nova rodada com outras rodovias no segundo semestre;, disse.

Em relação ao trem-bala, que foi bastante criticado pelo senador José Serra (PSDB-SP), Barbosa afirmou que o projeto não está na lista de prioridades do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3). Segundo ele, esta etapa será setorizada, como PAC Aeroportos, PAC Portos, PAC Hidrovias e assim por diante. Para reiniciar as concessões de ferrovias, Barbosa disse que aguarda a entrega de projetos feitos por empresas privadas até maio. Ele informou que o governo trabalha com a possibilidade de fazer investimento nas concessões já existentes. ;Estamos em contatos com os concessionários para isso;, disse.

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