Economia

Ministra Kátia Abreu diz que agronegócio "reage bem" a ajuste fiscal

Em audiência pública no Senado, ela prometeu extinguir toda a burocracia para acelerar a adoção de medidas necessárias ao seu setor

postado em 19/03/2015 12:24
Kátia Abreu ressalta que o Brasil passou por vários ajustes na economia e este não será o último

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, disse estar otimista com as perspectivas do agronegócio brasileiro. ;Eu devo confessar que, apesar das dificuldades que estamos vivendo no Brasil, dificuldades no campo político, ajustes na economia, eu estou absolutamente otimista, bastante encantada e fascinada a cada dia mais com as perspectivas desse grande negócio;. Ela participou, nesta quinta-feira (19), de audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado.

Kátia Abreu acrescentou que o setor sempre reagiu bem a ajustes ficais. ;Não é o primeiro nem [será] o último ajuste fiscal que o Brasil faz e, em todos os casos, a agropecuária, o agronegócio, fez com que tudo isso fosse superado. Nós não fugiremos da raia;, disse.

;Ao contrário do pessimismo, tenho recebido os empresários sempre querendo ampliar, querendo investir, modelar situações que não estão adequadas para a sua produção. Nunca recebi nenhum setor que usasse uma palavra forte, negativa, que estivesse quebrando, que estivesse em dificuldades;, destacou a ministra ao comentar a situação do agronegócio no momento em que a economia brasileira passa por ajustes.

Sobre o trabalho no comando da pasta, Kátia Abreu prometeu uma gestão mais eficiente. Ela prometeu extinguir toda a burocracia para acelerar a adoção de medidas necessárias ao setor. ;Nós seremos um ministério sem papel, um ministério eficiente, para dar uma resposta rápida aos empresários.;

Ela informou que o ministério tem hoje 4.936 processos das mais variadas áreas, que tratam desde o registro de um produto até a mudança do endereço de uma empresa. Ela determinou que tudo seja respondido até o dia 30 de abril com ajuda de uma força-tarefa nacional. ;Já estamos, paralelamente, trabalhando novos processos, novo formato de protocolo e de análise desses processos no ministério.;

Para ela, uma das questões mais importantes é a defesa agropecuária. Kátia Abreu frisou que está em conclusão pelos técnicos da pasta um plano nacional de defesa agropecuária. ;Não significa que o Brasil não tenha uma boa defesa. Absolutamente. Nós temos, sim, uma excelente defesa agropecuária, sanitária e fitossanitária, mas nós precisamos avançar.;



Outro ponto destacado por Kátia Abreu foi a contratação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para um estudo baseado no Censo Agropecuário de 2006, que foi o último feito. A intenção é ter uma radiografia da renda dos agricultores no Brasil. A ministra ressaltou que a exemplo de outros países, no Brasil, as classes A e B são responsáveis por quase 70% da produção. ;Não interessa o tamanho da terra, interessa a renda produzida. Há pequenas propriedades no Sul do país que produzem mais do que propriedades médias e grandes no Centro-Oeste.;

Segundo a ministra, as classes A e B, com menos de 10% dos agropecuaristas, são responsáveis por 70% da produção. As classes D e E, acrescentou, com 70% dos agricultores e pecuaristas, são responsáveis por 9% da produção. Já a classe média representa entre 12% e 15% da produção, com cerca de 500 mil agropecuaristas. ;Queremos dobrar essa classe média, manter os que lá estão;, disse.

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