Rosana Hessel
postado em 20/03/2015 09:41
A prévia da inflação oficial, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 ( IPCA-15), subiu 1,24% em março e desacelerou 0,09 ponto percentual em relação à taxa de a 1,33%, de fevereiro. No acumulado em 12 meses, o indicador subiu 7,90%, o maior valor desde maio de 2005 (8,19%).A principal alta dos preços ocorreu nas contas de energia elétrica, no preços dos alimentos e combustíveis, que foram responsáveis por 77,42% do IPCA do mês. A energia elétrica teve elevação de 10,91% e liderou o ranking dos principais impactos, com 0,35pp. Nesse caso, a capital que mais sofreu reajuste nos preços foi Curitiba, que teve uma variação no mês de 14,89% e reajuste extraordinário de 31,86%.
Brasília registrou alta de 9,95% no mês e um reajuste extraordinário 21,98%. Essa forte alta ocorreu por conta dos reajustes e da bandeira tarifaria vigente, a vermelha, que passou de R$ 3 para R$ 5,5 a mais a cada 100 quilowatts-hora (kWh).
Cebola e tomate pesam na conta
Entre os alimentos, o item que mais pressionou foi a cebola, com alta de 19,07%, seguido pela cenoura (18,32%). O tomate ficou em terceiro lugar 13,04%. Os combustíveis, que subiram 6,25% no mês, exerceram impacto de 0,31 ponto percentual no índice e a gasolina, cujos preços subiram 6,68%, contribuíram sozinhos 0,26pp do IPCA do mês. Recife foi a cidade que mais teve variação do produto, com alta de ate 9,22%.
Entre as capitais com maior aumento do custo de vida, o destaque ficou para Curitiba, com elevação de 1,72% em março e 8,29% no acumulado em 12 meses. Brasília ficou em penúltimo lugar, das 11 cidades pesquisadas pelo IBGE, com variação no mês de 0,82% e 6,71 no acumulado em 12 meses.
Apesar de ficar em quarto lugar na variação mensal, com alta de 1,34%, a cidade de Goiânia teve a maior alta acumulada em 12 meses, de 9,33%.