Economia

Taxa de juros a longo prazo sobe para 6% ao ano, segundo Banco Central

Índice é usado em empréstimos do BNDES, subsidiado pelo Tesouro Nacional

Rosana Hessel
postado em 26/03/2015 16:50

O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para 6% ao ano para o segundo trimestre de 2015, de acordo com dados do Banco Central.

A terceira reunião ordinária do grupo voltou a ser presencial, começou com meia hora de atraso e durou aproximadamente uma hora, no Ministério da Fazenda. O CMN é integrado pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.

Em dezembro de 2014, o CMN havia elevado a TJLP em 0,5 ponto percentual, para 5,5%. Essa nova taxa passou a vigorar no primeiro trimestre de 2015, e, a anterior, de 5%, estava mantida desde o primeiro trimestre de 2013.

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A TJLP é a taxa utilizada para os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que é subsidiada pelo Tesouro Nacional, obrigado a emitir títulos da dívida, pagando taxas bem mais elevadas, como inflação oficial - que está prevista pelo BC para encerrar o ano perto de 8% -, ou pela taxa básica de juros (Selic), atualmente em 12,75%.

O estoque de recursos do Tesouro injetados no BNDES gira em torno de R$ 490 bilhões.

O CMN também alterou as taxas de juros do Programa de Sustentação de Investimento (PSI), cujos empréstimos são feitos pelo BNDES. Os encargos para as operações contratadas a partir de 1; de abril de 2015 serão de 7,5% ao ano para os beneficiários cuja receita operacional bruta/renda anual ou anualizada, ou do grupo econômico a que pertença, seja de até R$ 90 milhões e de 9% ao ano para beneficiários cuja receita operacional bruta/renda anual ou anualizada, ou do grupo econômico a que pertença, seja superior a R$ 90 milhões.

CENSO
O ministério do Planejamento anunciou que não vai fazer a contagem da população em 2016 devido ao custo, estimado em R$ 2,6 bilhões, valor que não está previsto no Orçamento de 2015. De acordo com o órgão ficam preservadas as demais pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como o Sistema de Contas Nacionais, PNAD Contínua, POF e o Censo Agropecuário 2017, consideradas de fundamental importância para os diagnósticos macroeconômicos e para o conhecimento da realidade social brasileira.

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