A partir de hoje, quem for à farmácia vai pagar mais caro por mais de 9 mil medicamentos. As regras e o percentual de reajuste foram publicados ontem no Diário Oficial da União. O critério utilizado para definir as faixas de ajuste foi a concorrência: o menor percentual de aumento, 5%, será no valor de remédios de alta tecnologia e maior custo; os medicamentos de mercados moderamente concentrados ficarão mais caros em até 6,35%; e as substâncias que possuem preço menor e maior concorrência terão o maior ajuste, com teto de 7,7%.
Com a medida, o já combalido orçamento familiar deve minguar ainda mais. ;Com o avanço do dólar e o encarecimento das tarifas de energia elétrica, a expectativa é de que os reajustes no segmento de artigos farmacêuticos cheguem aos consumidores;, avalia Fábio Bentes, economista-sênior da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Caso todas as farmácias repassem o reajuste integral, o impacto na inflação será de 0,15 ponto percentuais, conforme cálculo do economista Renato Mogiz, coordenador de Pesquisa e Projetos do Instituto de Pesquisas Econômicas e Administrativas (Ipead).
Mais da metade dos itens da lista estão na faixa com menor reajuste, 5%, como a ritalina (receitada para deficit de atenção e hiperatividade) e a stelara (para psoríase). No segundo grupo (25,37% do total), com aumento de até 6,35%, estão a lidocaína (anestésico), a amoxicilina (antibiótico para infecções urinárias e respiratórias) e imipenem (antibiótico). Já na primeira categoria (24,45% do total), que terá o maior reajuste ; de até 7,7% ; estão o omeprazol (tratamento de gastrite e úlcera) e a risperidona (antipsicótico).
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