Rosana Hessel
postado em 10/04/2015 11:24
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, terá uma dura missão em sua viagem para Washington e para Nova York na próxima semana. Ele tentará atrair investidores ao Brasil sem muita coisa para mostrar e, principalmente, com o país sob a ameaça de perder o grau de investimento das agências de classificação de risco. Ontem, foi a vez da Fitch Ratings colocar o país em perspectiva negativa, acendendo mais uma vez o alerta dessa possibilidade.
O novo modelo que será apresentado por Levy não vai regular a taxa de retorno, uma reivindicação de muitos empresários e especialistas. ;Por várias razões, a gente precisa muito atrair capital estrangeiro. Vamos criar as condições para que o mercado cobre taxas menores;, disse uma fonte da equipe econômica da Fazenda, sem detalhar as principais mudanças desse modelo, que, por enquanto, tem apenas quatro linhas mestras.
Nas reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird), Levy vai contar que está capitaneando um ajuste fiscal para tentar colocar o país de volta nos trilhos do crescimento. As perspectivas econômicas para o Brasil neste ano não são animadoras. O país vem há vários anos crescendo menos que o resto do mundo e, neste ano, deverá ter queda no Produto Interno Bruto (PIB) enquanto outras economias emergentes e desenvolvidas estão tendo resultados melhores e registrando mais avanços.
Paralelamente às reuniões do FMI e do Bird, Levy encontrará empresários e investidores em Washington e Nova York para tentar convencê-los de investir no Brasil. Para isso, deverá apresentar com nova roupagem os encalhados projetos de infraestrutura que seu antecessor Guido Mantega levou em sua pasta nos inúmeros road shows que fez pelo mundo.
O técnico admite que haverá grandes dificuldades para o governo convencer o investidor desistir dos juros altos dos títulos do Tesouro Nacional para aplicar em um projeto que poderá ter retornos iguais ou menores, mas as autoridades "tentarão mudar esse cenário". Mas o empresário sempre vai considerar o risco da empreitada e de todos os problemas de licenças para operar além da falta de capacidade técnica da mão de obra nacional na elaboração e na execução de projetos com a mesma rapidez que vários países emergentes. Basta ver o resultado precário dos estádios da Copa do Mundo que, em menos de um ano, apresentaram vários problemas nas obras. Na Índia, que deve crescer mais do que a China nos próximos anos, a velocidade das obras é impressionante.
A ideia de Levy é tentar atrair para o Brasil um naco dos cerca de US$ 1 trilhão de excesso de poupança global para investimentos no país. Está previsto um debate sobre esse assunto entre os ministros do G20 ; grupo das 19 principais economias emergentes e desenvolvidas mais a União Europeia ; sobre esse assunto e que ocorrerá em paralelo às reuniões de primavera (no Hemisfério Norte) do FMI, que ocorrem entre os dias 17 e 19 próximos.
O ministro tem encontro com a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. Levy embarca para os Estados Unidos dia 15 e ficará por lá até dia 22.
Na visão de especialistas, o ministro Levy ainda deverá enfrentar uma enorme saia justa para explicar as dificuldades que vem enfrentando com a crise política do governo que vem dificultando o andamento desse ajuste, atrasando a aprovação de medidas que serão essenciais para ajudar o ministro a realizar o ajuste fiscal e assim cumprir a promessa de encerrar o ano com as contas públicas no azul, apresentando um superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 66,3 bilhões. Para especialistas, ele entregará algo entre 0,5% e 1% do PIB, o que já é muito diante do rombo de 0,6% do PIB de 2014.
O novo modelo que será apresentado por Levy não vai regular a taxa de retorno, uma reivindicação de muitos empresários e especialistas. ;Por várias razões, a gente precisa muito atrair capital estrangeiro. Vamos criar as condições para que o mercado cobre taxas menores;, disse uma fonte da equipe econômica da Fazenda, sem detalhar as principais mudanças desse modelo, que, por enquanto, tem apenas quatro linhas mestras.
Nas reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird), Levy vai contar que está capitaneando um ajuste fiscal para tentar colocar o país de volta nos trilhos do crescimento. As perspectivas econômicas para o Brasil neste ano não são animadoras. O país vem há vários anos crescendo menos que o resto do mundo e, neste ano, deverá ter queda no Produto Interno Bruto (PIB) enquanto outras economias emergentes e desenvolvidas estão tendo resultados melhores e registrando mais avanços.
Paralelamente às reuniões do FMI e do Bird, Levy encontrará empresários e investidores em Washington e Nova York para tentar convencê-los de investir no Brasil. Para isso, deverá apresentar com nova roupagem os encalhados projetos de infraestrutura que seu antecessor Guido Mantega levou em sua pasta nos inúmeros road shows que fez pelo mundo.
O técnico admite que haverá grandes dificuldades para o governo convencer o investidor desistir dos juros altos dos títulos do Tesouro Nacional para aplicar em um projeto que poderá ter retornos iguais ou menores, mas as autoridades "tentarão mudar esse cenário". Mas o empresário sempre vai considerar o risco da empreitada e de todos os problemas de licenças para operar além da falta de capacidade técnica da mão de obra nacional na elaboração e na execução de projetos com a mesma rapidez que vários países emergentes. Basta ver o resultado precário dos estádios da Copa do Mundo que, em menos de um ano, apresentaram vários problemas nas obras. Na Índia, que deve crescer mais do que a China nos próximos anos, a velocidade das obras é impressionante.
A ideia de Levy é tentar atrair para o Brasil um naco dos cerca de US$ 1 trilhão de excesso de poupança global para investimentos no país. Está previsto um debate sobre esse assunto entre os ministros do G20 ; grupo das 19 principais economias emergentes e desenvolvidas mais a União Europeia ; sobre esse assunto e que ocorrerá em paralelo às reuniões de primavera (no Hemisfério Norte) do FMI, que ocorrem entre os dias 17 e 19 próximos.
O ministro tem encontro com a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, e o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. Levy embarca para os Estados Unidos dia 15 e ficará por lá até dia 22.
Na visão de especialistas, o ministro Levy ainda deverá enfrentar uma enorme saia justa para explicar as dificuldades que vem enfrentando com a crise política do governo que vem dificultando o andamento desse ajuste, atrasando a aprovação de medidas que serão essenciais para ajudar o ministro a realizar o ajuste fiscal e assim cumprir a promessa de encerrar o ano com as contas públicas no azul, apresentando um superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 66,3 bilhões. Para especialistas, ele entregará algo entre 0,5% e 1% do PIB, o que já é muito diante do rombo de 0,6% do PIB de 2014.