Agência France-Presse
postado em 13/04/2015 17:38
A frágil demanda interna mostra que há uma desaceleração da economia do país: as importações chinesas se contraíram em março cerca de 12,3%, a 868,67 bilhões de iuanes.O recuo é menor do que os de janeiro e fevereiro, em torno de 20% ;a maior constatada em cinco anos; mas está longe de melhorar. Os analistas também erraram em seus cálculos sobre as importações, com previsões de uma contração de 11,3%.
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"Isso sugere um consumo interno que continua sendo fraco, embora a queda dos preços das matérias-primas nos últimos meses -petróleo e minérios de ferro, em particular; jogue para baixo o valor das importações", destacam os analistas do banco ANZ.
No entanto, apesar a desvalorização do euro, as importações chinesas procedentes da União Europeia (UE) caíram 10% no primeiro trimestre do ano, que as procedentes dos Estados Unidos caíram quase 13%.
A queda do superávit comercial chinês em março está muito longe dos excedentes registrados nos últimos meses. Por exemplo, em fevereiro chegou aos 370,5 bilhões de iuanes, em torno aos 60 bilhões de dólares.
O excedente comercial chinês foi em 2014 de 2,35 trilhões de iuanes, graças à estagnação das importações.
Em meados de março, o governo reconheceu a forte desaceleração das trocas comerciais assim como do consumo interno e agora prevê que em 2015 as exportações crescerão em torno de 6%, frente aos 7,5% de meta em 2014.
O país pode registrar neste ano seu crescimento mais baixo em 25 anos, mas Pequim justifica com o argumento de que está transformando a economia para "reequilibrá-la e melhorar a gama de suas exportações".