Os caminhoneiros voltaram a protestar nesta quinta-feira (23/4) pela fixação de valor mínimo para os fretes, proposta descartada ontem pelo governo. Segundo o boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF), lançado às 11h, há 14 pontos de bloqueio parcial nos estados de Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná. Há protestos também em São Paulo e Santa Catarina. De acordo com comunicado da PRF no Paraná, continua válida a decisão da Justiça Federal que estabelece multa de até R$ 50 mil por hora a cada manifestante que se recusar a liberar pistas.
[SAIBAMAIS]No Rio Grande do Sul, há interdições ativas em seis rodovias, enquanto no Mato Grosso os atos ocorrem em cinco trechos, quatro deles na BR 364. A PRF paranaense registrou seis pontos de manifestação nesta manhã, e em apenas um deles, um trecho da BR 376 na cidade de Marialva, há interdição de uma faixa em cada sentido. Os caminhões são desviados para postos de gasolina e os veículos a passeio têm passagem livre.
A categoria optou pela greve após não conseguir acordo com o governo sobre a tabela de preço mínimo para o frete. Ontem, representantes dos caminhoneiros se reuniram com os ministros do Transporte, Antonio Carlos Rodrigues, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto.
Segundo Rossetto, a criação de uma tabela impositiva seria uma medida inconstitucional. ;Há um conjunto de variáveis que torna impraticável uma tabela obrigatória;, afirmou. O Planalto estaria disposto a negociar a criação de uma tabela referencial, considerada pelo ministro ;um instrumento forte, indutor de um padrão de negociação adequado;.
Com informações de Alessandra Azevedo