Economia

Em Brasília, premiê libera entrada de carne bovina brasileira na China

Com a visita de Li Keqiang, o governo brasileiro pretende anunciar um pacote de US$ 53,3 bilhões de investimentos chineses no país

Rosana Hessel
postado em 19/05/2015 10:35

A presidente Dilma recebe o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang
O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, está no Brasil e, em uma reunião com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, firmaram mais de 30 acordos entre os dois países, em áreas como comércio, investimentos, finanças, agricultura, energia e transportes. A assinatura dos atos ocorreu por volta das 12h30. O principal deles derruba as barreiras fitossanitárias, garantindo assim a entrada de carne bovina brasileira na China. O encontro também marcou a assinatura do acordo de US$ 7 bilhões entre o Banco Chinês de Desenvolvimento, China EximBank e a Petobras. As empresas asiáticas vão investir, respectivamente, US$ 5 bilhões e US$ 2 bilhões na estatal brasileira.

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Segundo Dilma, oito frigoríficos brasileiros já vão ser credenciados, ampliando a relação comercial com o gigante asiático, principal parceiro do Brasil. "Essa parceira é importante porque cria um novo relacionamento sobre essa questão com os dois países;, completou a presidente.

[SAIBAMAIS]De acordo com o embaixador brasileiro Sergio Amaral, presidente Emérito do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), cerca de 200 empresários fazem parte da comitiva que acompanha o governo chinês, entre eles, estão representantes de seis importantes bancos chineses, como o China Development Bank (CDB), a maior instituição financeira de desenvolvimento do mundo com um patrimônio de US$ 1,6 trilhão.

A visita de Li ocorre menos de um ano depois da visita de Estado do presidente da China, Xi Jinping, em julho de 2014, quando foram assinados cerca de 50 acordos de cooperação. O governo brasileiro pretende anunciar um pacote de US$ 53,3 bilhões de investimentos chineses no país, no entanto, uma parte dos projetos já está em execução.



De acordo com o diplomata, as construtoras chinesas estão de olho no mercado brasileiro, sobretudo na área de ferrovias. E, nesse sentido, o projeto da ferrovia Transoceânica é considerado o mais importante, pois vai criar um acesso para os produtos brasileiros para o Oceano Pacífico, via o Peru. Os chefes de estado garantiram que estudos sobre o projeto vão ser elaborados.

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