Rosana Hessel
postado em 21/05/2015 15:05
Mais um mês em que as receitas do governo não conseguem crescer , complicando o ajuste fiscal que a equipe econômica de Dilma Rousseff pretende executar. Nem mesmo com a entrada dos tributos dos contribuintes do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) ajudou a melhorar a arrecadação de abril, que somou R$ 109,2 bilhões. Esse volume é 4,62% menor que o registrado no mesmo período de 2014, corrigidos pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e o pior resultado para o mês desde 2010, quando a receita somou R$ 99,3 bilhões, em valores corrigidos. No entanto, na comparação com o mês de março, que é um mês tradicionalmente fraco, houve um crescimento de 15%.
No acumulado do ano, o Fisco registrou queda real de 2,71% no recolhimento de impostos, em comparação com o mesmo período de 2014, para R$ 418,6 bilhões. A desaceleração da economia e o aumento do desemprego está refletindo nas receitas da União. A receita com Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL), encolheu 5,49% em relação ao primeiro quadrimestre de 2014, para R$ 80,8 bilhões.
A receita com IRPF encolheu 2,36%, para R$ 11,1 bilhões na mesma base de comparação. Já o IR retido na fonte cresceu apenas 1,29%, para R$ 33,8 bilhões. Os tributos que fazem parte do ajuste fiscal e tiveram aumento no início do ano, como Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ainda não estão ajudando a melhorar a receita do Fisco. As despesas com a desoneração continuam crescendo. Avançaram 20,60%, para R$ 38,3 bilhões.