Economia

Brasil e México buscam aprofundar comércio e aumentar investimentos

"O foco é o aumento comercial e a integração produtiva", afirmou Simões

Agência France-Presse
postado em 22/05/2015 19:11
Brasil e México buscarão ampliar o comércio bilateral durante a visita da presidente Dilma Rousseff nos dias 25 e 26 de maio, sobretudo através de um acordo para estimular investimentos, informaram na sexta-feira as chancelarias dos dois países.

O subsecretário brasileiro para América do Sul, Central e Caribe, Antônio Ferreira Simões, disse que Dilma e seu homólogo mexicano Enrique Peña Nieto assinarão acordos sobre serviços aéreos, cooperação turística e um terceiro sobre cooperação e facilitação de investimentos.

"É um formato novo de acordo que o Brasil já assinou com Angola e Moçambique e será o primeiro na América Latina", disse em coletiva de imprensa em Brasília. O subsecretário lembrou que o Brasil é um grande receptor de investimentos mexicanos, o segundo depois dos Estados Unidos, e que há, atualmente, investimentos crescentes do Brasil no México.

Durante a visita de Dilma -a primeira desde que assumiu seu primeiro mandato em 2011- haverá também um encontro empresarial e está previsto que a presidente tenha uma sessão solene no Congresso mexicano.

No México, a subsecretária das Relações Exteriores para América Latina e Caribe, Vanessa Rubio, reafirmou nesta sexta-feira uma ideia de que havia sido no início do mês pelo ministro da Economia mexicano, Ildefonso Guajardo.

Segundo Rubio, Brasil e México "continuarão trabalhando juntos para liberalizar o comércio, e eventualmente assinar um TLC (Tratado de Livre Comércio)". Simões não mencionou esse assunto nesta sexta-feira em Brasília.

"O foco é o aumento comercial e a integração produtiva", afirmou Simões.

De acordo com a chancelaria mexicana, com um comércio de mais de 9 bilhões de dólares em 2014, Brasil é o principal parceiro comercial do México na América Latina.

A visita de Dilma ocorre pouco depois que Brasil e México renovaram uma restrição para o comércio bilateral de automóveis. Assinado em 2012 e renovado em março, o acordo vigente freia a entrada de automóveis mexicanos - mais baratos - no Brasil. No acordo, o Brasil impôs tarifas de 35% aos automóveis mexicanos.

Em 2014, o México tirou do Brasil o título de maior fabricante de automóveis da América Latina. O Brasil hoje é o oitavo produtor mundial, com o setor em crise pela queda das vendas e da produção.

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