Economia

Altos impostos afastam investidores tailandeses do mercado brasileiro

A reclamação foi feita durante uma missão do governo de Goiás que levou empresários brasileiros até Bangcoc para tentar estreitar parcerias comerciais

Luisa Ikemoto
postado em 26/05/2015 08:00
Bangcoc - Os altos impostos praticados pelo Brasil sobre pescados importados foram tema de uma reunião entre empresários da área que se encontraram em Bangcoc para discutir possíveis parcerias. O encontro ocorreu durante uma missão do governo de Goiás que levou pessoas da área de negócios alimentícios para a Tailândia.

O que mais incomoda os investidores é a diferença entre as taxas impostas sobre produtos específicos. Enquanto o atum do país asiático entra no Brasil submetido a uma alíquota de 16%, o imposto de 32% sobre a sardinha impede que o pescado chegue as prateleiras nacionais. Isso ocorre porque o maior exportador do peixe para o nosso mercado doméstico, o Equador, tem um acordo de isenção tributária.

[SAIBAMAIS]A Thai Union, uma das grandes produtoras tailandesas de pescados congelados, tem grande interesse em trazer seu produto para o Brasil. Embora o atum enlatado já seja importado pela norte-americana Otis McAllister, ainda não foi possível encontrar uma maneira de trazer a sardinha a um preço competitivo.



O embaixador da Tailândia no Brasil, Pitchayaphant Charnbhumidol, encara que a redução dessa taxa como uma de suas missões no posto. Para ele uma solução seria propor uma diminuição gradativa dos valores, mas admite que não será fácil. ;Há também uma questão política;, explica ele, ao analisar a relação comercial entre Equador-Brasil.

O assunto deve voltar a ser discutido nesta terça-feira (26/5), durante um encontro da delegação brasileira com membros da Câmara de Comércio Tailandesa.

A repórter viajou a convite da Embaixada da Tailândia no Brasil

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