Jornal Correio Braziliense

Economia

Levy: aprovação de MP é importante para aumentar competitividade industrial

Para o ministro, o próprio cenário é sensível porque as empresas não conseguem pagar a previdência social

Depois da presidente Dilma Rousseff e do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, negarem que existam divergências entre os ministérios na condução da política econômica, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, também desmentiu os boatos. "Vou usar expressão futebolista. Tentar criar clima de fla-flu não cola. Então não cola essa história. A semana toda tentando criar assunto. Não cola", disse.

[SAIBAMAIS]Mesmo depois do ministério divulgar nota na noite dessa quarta-feira (28/5) sobre a aprovação da Medida Provisória (MP) 664, que restringe o acesso a benefícios previdenciários, o ministro comentou a decisão do Congresso. "O tema das aposentadorias é um tema importante, são grandes volumes. Tem que fazer muita conta. Você vê a realidade de toda essa discussão do plano da desoneração: o próprio cenário é sensível porque as empresas não conseguem pagar a previdência social, pelo menos é esse o argumento de não pagarem a contribuição patronal", comentou.

Levy avalia que se hoje as empresas não conseguem pagar, se aumentasse o custo da previdência poderiam até quebrar. "Acho que ai tem todo um equilibro para ser discutido pela sociedade. Porque se as principais lideranças empresariais dizem que não podem pagar a previdência, fica a pergunta: e o Congresso tem sido sensível a esses argumentos?", perguntou. Levy ainda considera que esse é um tema suscitado pela própria Previdência Social.

Segundo ele, a medida provisória 668, aprovada hoje pelo Senado, é importante porque ajuda a indústria nacional e traz equilibro competitivo entre importados e produtos nacionais. "A gente tem uma indústria importante pra nossa atividade econômica, até pelos efeitos multiplicadores. Então acho que essa medida hoje completa um pedaço na estratégia de equilibro e temos o PL da desoneração que logo após o feriado deve começar a ser discutido na Câmara", alerta para os próximos passos.