O governo conseguiu melhorar as contas em abril e registrou um superavit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) de R$ 10,1 bilhões. No acumulado de janeiro a abril o saldo ficou positivo em R$ 14,6 bilhões. O resultado positivo foi decorrente, principalmente, da receita extraordinária de R$ 7,3 bilhões diretamente arrecadados no mês passado. Esse volume é R$ 2,2 bilhões superior aos R$ 5,1 bilhões registrados no mesmo intervalo de 2014.
Apesar de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, dizer costumeiramente que vem realizando ajuste fiscal ;na carne;, os dados do Tesouro Nacional não confirmam isso. O governo continua gastando em um ritmo mais acelerado do que as receitas.
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A receita líquida total do governo central ; que inclui Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central ;, encolheu 4,5% em abril em valores corrigidos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em relação ao mesmo período de 2014, para R$ 99,2 bilhões. Já as despesas totais tiveram alta real de 3,7%, para R$ 89,1 bilhões. O corte maior ocorreu nos investimentos, que encolheram 43,5%, para R$ 4,2 bilhões em abril. Já as despesas com subsídios e subvenções econômicas saltaram 148,1%, para R$ 3,8 bilhões. O deficit da Previdência foi de R$ 3,3 bilhões no mês passado. No acumulado do ano, o rombo cresceu 43,2% em relação ao mesmo período de 2014, para R$ 21,2 bilhões.