Agência France-Presse
postado em 05/06/2015 13:45
Washington - Os empregos criados nos Estados Unidos aumentaram em maio, um dado encorajador sobre a saúde da economia americana, embora a taxa de desemprego tenha subido levemente, a 5,5%.Segundo os números do departamento de Trabalho publicados nesta sexta-feira, o mercado de trabalho se livrou da timidez do inverno com a maior criação de empregos do ano: 280.000 postos.
São 55.000 a mais que o esperado pelos analistas, mas além disso o departamento revisou em alta de 32.000 a quantidade de novos empregos em março e abril.
Por sua vez, a taxa de desemprego subiu levemente, em um décimo de ponto, a 5,5%. Isso se explica, sobretudo, pelos quase 400.000 recém-chegados ao mercado de trabalho, dos quais pouco mais de um quarto ainda não encontraram um emprego.
"É o melhor mês do ano" quanto ao aumento do número de empregos, celebrou Jason Furman, presidente do conselho de economistas da Casa Branca, ao mesmo tempo em que destacou que "os salários seguem aumentando e a taxa de participação no mercado de trabalho mostrou uma alta". "Nos últimos dois anos somamos 5,6 milhões de empregos, o que corresponde aos dois melhores anos consecutivos desde 2000", acrescentou.
O aumento da participação no mercado de trabalho é tradicionalmente visto como um sinal positivo. Isso significa que as pessoas que se mantinham à margem do mercado se sentem encorajadas a buscar novamente um trabalho.
Em 5,5% contra os 5,4% de abril - quando alcançou seu nível mais baixo em sete anos - a taxa de desemprego permanece próxima aos níveis de pleno emprego, embora no total 8,7 milhões de pessoas busquem um trabalho nos Estados Unidos.
"Aqui está um informe sobre o emprego impressionante, que esmaga as previsões", estimou Chris Williamson, economista chefe do Markit. "A economia mostra sinais de melhora sólida após o acesso de debilidade do início do ano", acrescentou.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 0,7% em ritmo anual no primeiro trimestre, em um contexto de inverno rigoroso, valorização do dólar e impacto da baixa dos preços do petróleo nos setores industriais vinculados à energia.
"Este forte ritmo de contratações localiza firmemente em setembro uma primeira alta das taxas de juros" por parte do Federal Reserve (Fed, banco central), estimou este economista.
Uma opinião compartilhada por muitos analistas, embora na quinta-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI), preocupado pela inflação baixa e pela volatilidade nos mercados, tenha estimado que o Fed deve adiar a alta das taxas de juros até o primeiro trimestre de 2016, à espera de mais sinais tangíveis de aumentos de salários e de preços.