Economia

Argentina inicia greve geral de transportes para exigir melhores salários

A paralisação, de 24 horas, é a quinta desde que Cristina Kirchner assumiu a presidência, em 2007

Agência France-Presse
postado em 09/06/2015 07:59
Buenos Aires, Argentina - Com bloqueios de estradas e protestos, o governo da presidente argentina Cristina Kirchner enfrentava nesta terça-feira (9/6) uma nova greve de transporte terrestre, aéreo e marítimo exigindo aumentos salariais que compensem a alta inflação, em plena campanha para as eleições gerais de 25 de outubro. As centrais sindicais opositoras iniciaram à meia-noite uma greve nacional de 24 horas e instalaram bloqueios nos principais acessos a Buenos Aires após as 6 da manhã (mesmo horário de Brasília).

A medida de força, que inclui motoristas de ônibus, trens, caminhões, aviões, barcos e metrô, recebeu o apoio de três centrais sindicais que criticam o governo de Kirchner e promete paralisar as atividades em grande parte deste país de 40 milhões de habitantes. O presidente do sindicato de ;Dragado y Balizamiento;, Juan Carlos Schmid, integrante da Confederação de Trabalhadores do Transporte (CATT), advertiu que a greve é "um forte sinal" para o próximo governo.

[SAIBAMAIS]Esta greve "será um forte sinal para os que tiverem que administrar e virem qual é a capacidade e a possibilidade de acordos na futura gestão", disse o sindicalista. Enquanto isso o chefe de Gabinete de Kirchner, Aníbal Fernández, rejeitou a medida de força ao considerá-la "uma greve política com o objetivo de gerar este tipo de confusão". Durante o dia não haverá coleta domiciliar de resíduos, distribuição de alimentos ou combustíveis.



O setor marítimo portuário, com o polo agroexportador de Rosario (312 km ao norte da capital) na liderança, ameaça ficar paralisado totalmente, embora a duração do fim das atividades não deva acarretar maiores problemas. Vários sindicatos importantes, como os bancários e o setor de comércio, não aderiram à greve, mas muitos trabalhadores não poderão chegar aos seus locais de trabalho pela falta de transporte.

O secretário-geral da União Transviária Automotora, Roberto Fernández, disse que esta medida de força foi utilizada porque o governo não ouviu as exigências em matéria salarial, inflação e impostos sobre as remunerações.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação