postado em 09/06/2015 13:08
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, durante o lançamento do novo Programa de Investimentos em Logística, que novos investimentos poderão ser incluídos nas estratégias do governo para retomar o crescimento do país. Ele destacou que a iniciativa ajuda o setor produtivo a ter expectativas de investimentos e um choque ;positivo na produtividade;.;Temos uma carteira forte [de investimentos] olhando 20 anos à frente. Vem de manifestação clara de interesse e demanda do setor privado, mas rapidamente trazem retorno e são reflexos muito significativos. Há uma demanda para melhores estradas e pelo crescimento dos aeroportos. Todos esses investimentos têm uma grande demanda. Os governadores dizem que é preciso para melhorar o setor regional;, enfatizou.
Levy destacou que o programa prevê uma nova estrutura de financiamento de longo prazo, incluindo o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ministro da Fazenda, no entanto, deixou claro que o banco, como instituição dinâmica, irá se adaptar e se modernizar para financiar o setor produtivo. ; A instituição está focada nesse papel de parceria e atuação com o setor privado. Em criar essa arquitetura com o setor privado e com o mercado nacional e internacional. Rodovia, por exemplo, é um estímulo para o mercado de capitais com a emissão de debêntures;, defendeu.
No programa, o BNDES continuará a ter papel relevante no financiamento da expansão de infraestrura. A participação dos bancos e do mercado de capitais será ampliada, com a emissão de debêntures de infraestura para maior acesso ao financiamento público com Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Os operadores deverão aportar capital próprio, com o desenvolvimento de mecanismo de gestão e mitigação de riscos.
Ele ressaltou que a partir de agora o investidor tem que entrar com o seu próprio capital ou usar os investimentos tradicionais. Nesse aspecto, ele citou o setor de rodovias. Levy disse que a experiência mostrou que nas concessões no setor de transportes, com a emissão de debêntures não houve estresse dos investidores. ;O novo mercado está preparado para isso. Esse mecanismo, no caso do investimento tradicional, estará o crédito com a Taxa de Juros de Longo Prazo, mas vamos aplicar estratégia de trazer novas fontes de financiamento para novos projetos;
No caso dos portos, Joaquim Levy disse que se não houver acesso ao mercado de capitais, o BNDES estará presente. Já os aeroportos, lembrou que a taxa de retorno tem sido bastante significativa, com a emissão também de debêntures, com sucesso no mercado doméstico, mas com interesse do mercado internacional, que tem aumentado.
Para as ferrovias, Levy disse que cada ;caso é um caso; e que deverá ser avaliado individualmente e dependerá da natureza do negócio.
;A nossa estratégia é muita clara, com uma carteira específica para cada setor. Estamos desenvolvendo mecanismos claros de risco para o investidor. Boa parte da redução passa pela redução do risco regulatório. Vamos continuar trabalhando para que o risco total do projeto se reduza. É fundamental que tenhamos mais estabilidade macroeconômica e microeconômica para que se permita que os investidores se sintam seguros;, afirmou Joaquim Levy.